terça-feira, 26 de setembro de 2017

"Nós iremos lutar pelo nosso direito de amar, sim
Ninguém quer nos ver juntos
Mas não importa, não..."
– Don't Matter (Akon)



Ele me beijou e eu deixei que ele me despisse. Se isso nos faria ter um menino, então por mim tudo bem. Mesmo que não fizesse, continuaria tudo maravilhosamente bem!


♂♀♂♀

Quatro dias depois a minha menstruação não veio, então eu aceitei a indicação de Trisha sobre visitar o ginecologista que cuida dela e de suas filhas mais velhas, Doniya e Waliyha. Marquei uma consulta com ele e Zayn topou me acompanhar, na verdade ele me obrigou a levá-lo comigo.
A consulta acabou não sendo tão constrangedora quanto eu pensava. Eu tive que fazer um teste rápido de farmácia, que deu positivo. Então graças ao teste, o doutor Graham sugeriu fazer um exame de sangue, que eu aceitei fazer.
Foi desconfortável, não nego, mas acabou sendo bem rápido e logo já tínhamos o papel com o resultado em mãos. Zayn estava praticamente quicando na cadeira de tanta ansiedade.
O doutor Graham abriu o envelope que veio selado da sala de exames e então demorou dois minutos lendo todo o conteúdo, durante esse tempo Zayn estava esmagando os meus dedos.

— É, meus parabéns, vocês estão esperando um bebê — disse o doutor abrindo um largo sorriso para nós.

Fiquei um pouco sentada para me acostumar com a notícia, apesar de nos últimos dias ter imaginado tudo aquilo com Zayn eu não estava realmente preparada para receber uma notícia afirmativa.
Zayn estava literalmente quicando na cadeira ao meu lado, ele não parava de sorrir e perguntar ao doutor com quanto tempo eu estava, se eu precisaria ficar de repouso, se eu não podia comer carne, se eu não podia tomar banho de mar, se eu não podia pegar chuva, se eu podia andar. Meu Deus, ele pensa que eu estou com algum tipo de doença? Ele definitivamente não sabe nada sobre gravidez e olha que ele teve três irmãs mais novas!

— Não se preocupe, Zayn — disse o doutor Graham, com um sorriso divertido. — Hayley pode fazer tudo o que quiser, mas terá que abdicar de alguns hábitos enquanto estiver grávida, eu farei uma lista de tudo o que ela pode ou não fazer para ajudá-los nesse comecinho. Aliás, você está grávida de aproximadamente duas semanas, Hayley. É muito cedo ainda, mas aconselho que já procure uma obstetra de confiança em Londres para começar o pré-natal.
— Sim, doutor Graham, muito obrigada por nos encaixar hoje — agradeci já me levantando, Zayn também se levantou e pegou o papel que o doutor escreveu para mim.
— Ah, o prazer foi meu. Desejo tudo de bom para vocês e o mais novo bebê Malik — ele sorriu e nós acenamos em despedida.
— O mais novo bebê Malik — disse Zayn quando saímos do consultório, ele parecia testar a palavra e gostar do som, o que me fez rir.
— Catter-Malik — lembrei, ele fez uma careta.
— Não combinou, precisamos dar um jeito nisso.
— Como assim não combinou? — reclamei divertida.
— Ah, olha só: Noah Catter-Malik, ou então: Diane Catter-Malik. Não combina nada, amor, fica estranho! — ele disse e eu tive que concordar, realmente não ficou legal.
— É claro que esses nomes são hipotéticos, não é?
— Sim, com certeza, vamos escolher o nome juntos — ele garantiu pegando a minha mão e beijando os meus dedos carinhosamente.
— Eu gosto de Travis, ou Oline, eu gosto muito de Oline. Ouvi sua avó e sua tia discutirem alguns nomes havaianos e Oline foi um deles, acho que significa alegre — murmurei distraidamente, Zayn sorriu e me abraçou enquanto atravessávamos a rua.
— Eu gosto de Oline, mas para menino eu também gosto de Declan — ele disse e eu imediatamente me apaixonei pelo nome.
— Sim, Declan! Adorei, é forte e espirituoso, amei Declan! — falei animada e ele riu.
— Ótimo, então se for menino será Declan, se for menina será Oline. E quanto aos nomes do meio?
— Eu não acredito que estamos decidindo o nome do nosso bebê enquanto caminhamos pelas ruas do Havaí — ele riu e deu de ombros.
— Eu gosto de Christoff e Claire — Zayn disse e me puxou para fugirmos de um carro que passou em alta velocidade assim que chegamos na calçada.
— Declan Christoff Catter-Malik e Oline Claire Catter-Malik? — perguntei insegura, pobre criança, que nomes enormes.
— Não. Declan Christoff Malik e Oline Claire Malik — ele falou sério e parou na minha frente, olhando fundo em meus olhos.
— Está querendo roubar o meu filho? Por acaso pretende levá-lo para outro continente e fingir que ele não tem mãe? — perguntei divertida, ele balançou a cabeça e riu.
— Não, estou te pedindo para casar comigo, assim o nome do nosso filho não será tão grande! — ele falou e eu engasguei.
— Está louco? Zayn, não precisamos nos casar! — rebati assustada, o puxei para voltarmos a andar e ele resmungou baixinho.
— Confesse que os nomes soam bem melhor depois que a gente estiver casados! — apelou Zayn e eu tive que admitir, realmente ficavam mais bonitos sem o Catter. — Vamos, Ley. Os dois nomes do meio começam com C de Catter, ainda terá uma parte sua nos nomes. Por favor, case-se comigo, Hayley Catter!
— Zayn, são coisas demais acontecendo em tão pouco tempo, eu não vou me casar com você às pressas! — falei resoluta, ele ficou quieto por alguns segundos, pensando. — Só me dê um pouco mais de tempo, por favor! Preciso processar tudo o que está acontecendo, agora além de ter que lidar com o fato de estar esperando um bebê, eu ainda tenho que pensar a respeito de ser pedida em casamento? É demais!
— Tudo bem, vou lhe dar o tempo que precisa. Mas saiba que os nomes ficam muito mais bonitos sem o Catter e a minha vida também. Pense nisso, Sra. Hayley Elizabeth Malik — ele piscou e entrelaçou os nossos dedos enquanto caminhávamos pelo calçadão à beira da praia.

Sinceramente, eu queria muito dizer sim, mas precisava pensar mais a respeito. No entanto, a cada dia que se passava eu me apaixonava mais pelos nomes que escolhemos.
Declan Christoff Malik.
Oline Claire Malik.
Soavam perfeitos para mim.



— Jay, ei! James? O que você tem, cara? — perguntou Liam, balançando a mão na frente do meu rosto enquanto eu leio e releio a mensagem de Zayn. Puta que o pariu. Isso vai dar merda.
— James? — grita Liam, insistindo e eu simplesmente não consigo parar de olhar o celular aturdido. — Que merda, cara, tá me deixando curioso — ele resmunga e arranca o telefone das minhas mãos. 

Antes que eu possa reagir e pegar o telefone de volta, Liam já está lendo a mensagem e voltando o olhar chocado para mim. É, irmão, você vai ser papai! Ou será o Niall? Bem, ainda tem Louis e Harry. Mas é bem provável que seja o Zayn. Bom, vai saber.

— O que é isso, James? — ele pergunta com uma voz aterrorizada, quase sinto vontade de rir.
— Hayley está grávida. É exatamente isso o que você leu — falei secamente, o olhando como se ele fosse o culpado por isso, quando na verdade eu não sei qual dos cinco é o culpado por engravidar a minha irmãzinha.
— Mas que... Caralho! — ele xingou, voltando a olhar o meu telefone de olhos arregalados.
— É, pois é. Isso foi o principal elemento para o drama que estamos descobrindo agora! — ironizei e ele revirou os olhos. — Foi você?
— Eu? — ele perguntou confuso até se tocar que eu estava perguntando se ele era o responsável pelo meu primeiro sobrinho. — Bom, eu não sei, cara. Meu Deus, será se... Eu? — ele me olhou perdido e eu quase ri, mas me controlei em respeito ao estado mental perturbado em que ele se encontrava.

A campainha tocou e eu agradeci mentalmente por não precisar ajudá-lo a descobrir se eram os genes dele dentro da minha irmã ou não. Seria informação de mais para descobrir antes de beber umas duas garrafas de whisky.
Deixei que os outros três protagonistas entrassem na casa da minha irmã e eles se acomodaram no sofá ao lado de Liam, que continuava encarando o celular completamente estarrecido. Enquanto eu colocava as cervejas que eles trouxeram na geladeira, não pude evitar que o meu telefone passasse de mão em mão e que eles descobrissem sobre a gravidez de Hayley. Eles enlouqueceram e eu, provavelmente, perderia o meu pescoço em breve.

— James — ouvi Louis gritar e eu tive a confirmação que eles leram a mensagem.
— Eu sei, meu caro. Vou ser titio, imagine a minha felicidade no momento — resmunguei virando a garrafa de cerveja e bebendo quase todo o líquido em apenas uma golada.
— Que porra é essa? — perguntou Niall, no mesmo estado chocado que Liam ficara.
— Tá legal, vou ser curto e grosso — falei secamente e coloquei a minha garrafa de cerveja em cima da mesinha de centro, Harry, Niall, Louis e Liam me encararam de olhos arregalados, ainda sem acreditar na novidade. — Qual de vocês engravidou a minha irmã? -— naquele momento eu me sentia como o João, do filme João e Maria: Caçadores de Bruxas, só que no lugar de uma arma potente para matar bruxas, eu estava segurando um controle remoto nem um pouco ameaçador.

Os quatro se entreolharam sem saber a resposta, não sei qual parecia mais perdido, o único que parecia um pouco animado com essa história era Louis, que já falava em ter um herdeiro e coisa e tal. Pobre homem, provavelmente é o primeiro a ser cortado da lista de possíveis pais. Os que mais querem são os que raramente conseguem.

— Como o Zayn descobriu isso? — perguntou Harry, eu dei de ombros.
— Não sei, ele só me disse que ela está grávida e não falou mais nada, nem ao menos me responde. Acho que Hayley já deve ter matado ele e escondido o corpo por ter me contado.
— Mano, como eu vou cuidar de uma criança? Nem ao menos um emprego eu tenho! — choramingou Niall, esfregando o rosto e puxando os cabelos tingidos. Coitado.
— Vamos combinar que o melhor aqui para sustentar a Hayley e um bebê sou eu, então teremos que chegar a um consenso — disse Louis, deixando escapar um sorrisinho idiota.
— Ei, minha irmã não precisa ser sustentada! — reclamei apontando o controle remoto para ele de forma ameaçadora.
— Eu sei, eu sei, só estou falando hipoteticamente! — resmungou Louis.
— Questão financeira não quer dizer nada — Liam disse secamente. — Eu acho que todos nós temos uma condição boa para dar uma vida confortável tanto para Hayley quanto para o bebê. A grande questão é quem é o pai. Sem falar que ainda tem o Zayn, ela o escolheu.
— Mas o bebê pode ser de qualquer um de nós! — lembrou Harry.
— Mas também pode ser do Zayn — acrescentou Niall.
— Vocês já estão fazendo planos em se casar também? — ironizei acidamente, eles me encararam confusos. — Independente de quem for o pai, Hayley escolheu o Zayn para ser o companheiro dela! Vocês vão ter que aceitar que mesmo que algum de vocês seja o pai desse bebê, ela vai continuar com ele — falei pausadamente para que eles entendessem.
— Vai ser confuso, digo, se o bebê for de algum de nós e não dele — disse Louis, com os ombros caídos e os dedos inquietos.
— Eu acho que não vai importar pra ele. Ele a ama muito — falei pensativo, os rapazes assentiram pesarosos. — Olha, caras, eu só peço que tenham paciência. Esperem ela chegar até vocês e contar a notícia, não a ataquem com perguntas, eu tenho certeza que ela sabe quem é o pai e eu tenho um grande pressentimento de que não é algum de vocês, pelo menos eu torço pra que não seja — falei a última parte baixinho, mas eles escutaram e fizeram caras feias para mim.
— Ei, eu queria muito um filho, principalmente com a Hayley — rebateu Harry, ressentindo.
— Vamos frisar aqui que ter um filho com a Hayley não trará ela de volta para vocês! — apelei e voltei à cozinha para pegar mais uma cerveja, eu precisaria me abastecer para aturar esses caras apaixonados pela minha irmã.
— Nós sabemos — resmungou Niall.
— Então aceitem e não fiquem tão esperançosos! — aconselhei, todos eles resmungaram e beberam suas cervejas.

Um pouco mais tarde quando todos já estávamos chapados, Louis ergueu sua garrafa de cerveja e convidou a todos a fazerem um brinde com ele, tive que me controlar para não rir da cara que todos eles fizeram quando ele disse a que iríamos brindar.

— Um brinde a Hayley, o amor de nossas vidas, e ao bebê que ela está esperando, que provavelmente não será nosso — todos resmungaram contra, mas brindaram mesmo assim, pois sabiam que era a verdade, eu também me juntei ao brinde, mas brindei à felicidade da minha irmã, seja com quem for.


♂♀♂♀


Infelizmente eu não sou conhecido na família como o cara que sabe guardar segredo, além do mais, ninguém me pediu segredo. 
Infelizmente, para Hayley, a nossa mãe me ligou quando eu ainda estava de ressaca e, confesso, um pouco embriagado. Então eu abri a minha imensa boca, porque como eu mencionei acima, não sou conhecido como o cara que sabe guardar segredo.

— Jay, isso é hora de estar dormindo? Ah, meu Deus, onde foi que eu errei com esse menino? — ela reclamou em meu ouvido, não tive outra escolha se não desviar a atenção dela de mim para Hayley.
— A Hayley está grávida! — gritei mal-humorado, a linha ficou muda.

O grande problema da minha mãe é que ela sempre mimou muito tanto eu quanto Hayley, o outro grande erro dela é também brigar muito conosco, então é normal que Hayley e eu digamos alguns podres um do outro nesses momentos para que a atenção da nossa mãe vá para o outro irmão e pare de brigar.
Tive que fazer isso, apesar de ter jogado bem baixo. E, acredite, me arrependi muito quando a ressaca passou.

— Mãe? A senhora está aí? — perguntei temeroso, de repente o sono tinha passado e a minha completa atenção estava na linha muda.
— James? James? O que você falou? Sua mãe está surtando aqui! — gritou meu pai e eu comecei a suar frio.
— Pai? Meu Deus, eu sinto muito. Dá um copo de água com açúcar para ela — falei desesperado. — NÃO, NÃO! Dá um copo bem cheio de whisky pra ela, pai, do mais forte que você tiver aí!  
— O que você falou pra ela, garoto? — esbravejou meu pai e eu senti vontade rir. Droga, eu e minha mania de rir nos piores momentos.
— Tudo bem, olha, eu não quero que você surte também, mas você ficará sabendo de qualquer jeito. A Hayley vai me matar, mas vou dizer — devaneei e meu pai se irritou. 
— Jameson Frederick Catter! — ele gritou meu nome completo, ninguém me chama assim a não ser a minha família quando está muito irritada.
— Ok, ok. A Hayley está grávida — falei de uma vez, já sentindo as mãos macias de Hayley ao redor do meu pescoço.

Novamente a linha ficou muda. Fiquei apavorado. Ouvi ao longe o som do choro alto da minha mãe e as palavras secas e irritadas do meu pai xingando Hayley e o mundo. Ouvi também uma ameaça bem sonora ao "maldito que engravidou a minha filha".
Juro, nunca ouvi meu pai tão bravo na vida. Exceto uma vez quando eu quebrei a coleção de discos do Elvis Presley, mas foi totalmente sem querer, não era minha culpa se a bolinha branca de sinuca tinha voado até o alto da estante e esbarrado em todos os cinco discos versão de colecionador do rei e deixado-os em versões picadinhas.

— James, nós vamos até aí agora, precisamos conversar com a sua irmã! — gritou meu pai ao telefone, tive que afastar o aparelho do ouvido para não ficar surdo.
— Pai, não. Ela está viajando, só volta na quinta que vem — falei desanimado só de pensar em tê-los por perto. Era pressão demais. Mas pelo menos eles já estariam aqui pro meu enterro, pouparia tempo.
— Pois é melhor você preparar um quarto para nós, chegamos na quarta! — ele esbravejou e então desligou na minha cara, me deixando assustado e muito, muito desconfortável.



Depois de uma semana mágica no Havaí que me fez amar cada parente do Zayn, até mesmo o primo inconveniente dele, nós tivemos que voltar para casa e eu já estava bastante triste por ter que voltar, mas fiquei completamente louca ao descobrir que os meus pais estavam em minha casa desde o dia anterior e, pior ainda, estavam fumaçando de raiva ao descobrirem por ninguém menos que o meu irmão mais velho que eu estou grávida!
Juro por Deus, eu vou estraçalhar o corpinho malhado de James e enterrar os membros no meu jardim! Por mais que eu não tenha um!
Eu estava destrancando a porta do meu apartamento quando eu ouvi a voz grossa e irritada do meu pai, comecei a suar frio e Zayn me encarou preocupado, ele tentou abrir a porta mas eu o impedi sem fazer alarde.

— Meus pais! — sussurrei histérica, ele me olhou confuso e então sorriu. Por que diabos esse cara está sorrindo? Por acaso ele não sabe que está caminhando de encontro a própria morte?
— Vamos lá, Ley, quero conhecê-los! — ele disse empolgado, fechei os olhos e respirei fundo. Pobrezinho, não conhece mesmo os meus pais.
— Meu pai está muito bravo, eu sei só pelo tom de voz. Acho melhor você ir pra sua casa e voltar outra hora, talvez eu até vá com você — falei ponderando a ótima ideia, Zayn negou com a cabeça e ameaçou abrir a porta, o parei imediatamente. — Não, quer saber? Vamos voltar pro Havaí! Podemos arranjar uma casinha lá, você abrirá um bar muito maravilhoso em Honolulu e nós criamos o nosso bebê lá, vai ser maravilhosos! — tagarelei esperançosa, ele apenas riu e me beijou.
— Querida, ele pode estar até armado, eu não vou fugir. É a minha responsabilidade e eu vou arcar com ela junto com você. Não importa se ele for o Rambo ou o maldito Hulk, eu viro pedacinhos por você sem pestanejar! — ele disse e eu me derreti um pouquinho, mas ainda estava com medo de encarar o meu pai, principalmente depois de ouvi-lo ameaçar o maldito que engravidou a filha dele, por sorte Zayn não o ouviu.




terça-feira, 19 de setembro de 2017


"Estou apaixonado pelo seu corpo
Como ímãs, nossa atração nos faz ir e voltar
Mesmo que meu coração esteja se apaixonando também..."
– Shape Of You (Ed Sheeran)



Antes de pousarmos no Aeroporto Internacional de Honolulu, eu consegui entrar no minúsculo banheiro da aeronave para trocar de roupa e retocar a maquiagem para chegar apresentável. Estava tão ansiosa que meu estômago dava saltos dentro de mim, demorei mais do que era preciso no banheiro pois não parava de sentir que iria vomitar a qualquer momento, mas acabei tendo que ser obrigada a sentar para o pouso.
Quando desembarcamos eu senti imediatamente e mudança de clima, estava um calor escaldante e o clima era seco, comecei a suar assim que botei os pés para fora do avião.
Zayn estava tão animado, era maravilhoso vê-lo tão feliz. Nós pegamos a nossas duas malas e fomos atrás de um táxi que nos levasse até a Baía de Hanauma.
Levamos meia hora do aeroporto até a casa da família de Zayn. Quando chegamos fomos recebidos por uma festa maravilhosa. A casa era enorme e exuberante, a decoração amadeirada dava um ar rústico e havaiano ao local, com muitas plantas espalhadas pela casa, assim como flores também. A mãe de Zayn nos recebeu na entrada e depois das apresentações e dos abraços, Trisha nos levou até o quintal de trás da casa, onde a festa acontecia. Para minha surpresa era areia de praia que tinha ali, não um jardim como eu esperava, e a um quilometro de distância nós podíamos ver as lindas águas cristalinas do mar.
Zayn me apresentou a todo mundo, seus avós, primos, tias, as irmãs, o pai. Me senti muito bem recebida, todos eram simpáticos e carinhosos. A música havaiana tocava e algumas primas de Zayn dançavam hula, me apaixonei pelos movimentos e decidi que queria aprender a dançar hula antes de irmos embora.
A avó de Zayn, uma senhora baixinha mas muito inteira, sorridente e de cabelos negros misturados com fios esbranquiçados, se aproximou da gente com dois colares havaianos, ela esticou um colar de flores brancas e vermelhas para Zayn, ele sorriu ternamente e se abaixou para que ela colocasse o colar em seu pescoço. Em seguida Zayn a abraçou apertado e eles falaram algumas coisas que não compreendi bem.
Virando-se para mim, a avó de Zayn ergueu em minha direção um colar de pétalas de jasmim alaranjadas, me abaixei e recebi o colar com um imenso sorriso, era lindo. Ela me abraçou e em seus olhos eu vi uma alegria autêntica e verdadeira, me senti sua neta naquele momento, mas fiquei muito confusa e assustada com o olhar de Zayn e da família dele depois que sua avó se afastou de mim, será se eu fiz alguma coisa errada?
Eles olhavam para o colar em meu pescoço e em seguida para mim, como se houvesse algo ali que eu não soubesse, o olhar de Zayn me apavorou, ele estava mortalmente sério e com os olhos esbugalhados, comecei a suar frio, por que diabos eles não falavam nada? Fiquei feia usando aquilo? Meu Deus, preciso beliscar Zayn para acordá-lo do susto.

— Zayn, o que está havendo? — sussurrei em seu ouvido quando sua família parou de me encarar e disfarçaram indo a diferentes lugares.
— Meu Deus, Hayley — ele sussurrou pálido, comecei a me preocupar de verdade. Puxei duas cadeiras e o fiz sentar em uma, sentei de frente para ele e segurei suas mãos, ele encarava fixamente o colar em meu pescoço de boca aberta, chocado e pálido.
— A lei de jasmins — ele sussurrou, tocando o colar em meu pescoço com certa reverência, como se fosse algo sagrado.
— O colar? O que tem ele? É lindo, não é? Eu adorei — tagarelei nervosamente, ele continuou sério e ergueu os olhos para me encarar.
— Ley, a lei de jasmins é dado à mulheres grávidas — ela falou de vagar, para que eu entendesse. Fiquei sem ar, como se tivesse levado um soco no estômago. Não estava entendendo o que ele queria dizer com aquilo.
— Ah, Zayn. Eu não... Sua avó se enganou, eu não... — comecei a tirar o colar, mas Zayn segurou as minhas mãos me impedindo de continuar.
— Não! Nunca tire uma lei na frente de quem lhe deu, é uma ofensa enorme a se fazer — ele explicou e fez uma pausa para respirar fundo. — Hayley, minha avó tem um sexto sentido apurado para este tipo de coisa. A nossa família é muito tradicional e ainda seguimos algumas antigas tradições, as leis são uma delas. Minha avó nunca errou ao colocar uma lei de jasmim em uma mulher antes, minha avó sempre soube antes mesmo das mulheres.
— Zayn, isso é ridículo, eu não estou grávida! — rebati impaciente, revirei os olhos diante tal ideia, era incabível. Impossível de acontecer, eu tomo remé... Opa, pera aí! Eu tomei o meu remédio nos dias em que Zayn ficou desaparecido, não tomei?

Ah, meu Deus! 
Não consigo acreditar que eu interrompi a medicação!
Como eu sou burra!
Zayn notou o meu desespero, pois seu rosto refletia o meu. Ele segurou as minhas mãos e chamou meu nome, mas eu estava ocupada demais fazendo as contas em minha cabeça. Droga, droga, droga. Não importa quantas contas eu fizesse, em todas elas eu estava muito errada por ter interrompido o remédio de uma hora para outra e, principalmente, não me lembrar de voltar a tomá-lo ou ter ido consultar a minha ginecologista.
Mas aconteceu tantas coisas nas últimas semanas que nem ao menos me lembrei disso, fala sério, Zayn não tinha morrido, isso era motivo o suficiente para eu me esquecer até que o moramos na Europa, não na América!!
Soltei as minhas mãos de Zayn e as levei ao rosto, cobrindo os olhos e resmungando baixinho, Zayn ficou mais desesperado ainda.

— Hayley, fala comigo! — ele implorou, sua voz estava esganiçada e assustada.
— Eu sou muito irresponsável — sussurrei com raiva.
— Hayley, por favor. Eu não estou entendendo o que quer dizer!
— Eu não tomo o remédio há pelo menos duas semanas, Zayn — falei baixinho, sentindo toda a culpa pela burrada que eu fiz cair sobre os meus ombros. Zayn respirou fundo. — Eu me esqueci completamente do maldito remédio depois de tudo o que aconteceu!
— O que isso quer dizer? — ele perguntou, sentando-se com as costas eretas na cadeira.
— Há uma grande possibilidade de eu realmente estar grávida — sussurrei temerosa, Zayn não esboçou reação alguma, apenas continuou me encarando.
— E há alguma possibilidade desse bebê ser de algum dos outros? — ele perguntou mais baixo ainda, droga, eu não tinha pensando nisso.
— Eu não sei, eu parei de tomar o remédio na noite do incêndio e... Sim, acho que tem possibilidade de ser de algum dos rapazes.

Esse não era o tipo de conversa que eu pretendia ter no dia em que eu conhecia a família de Zayn, mas realmente estava acontecendo e eu estava apavorada.
Zayn continuou em silêncio, olhando para o chão pensativo. Vi seus dedos se mexeram e percebi que ele estava fazendo contas.
A família de Zayn se manteve afastada, nos deixando ter alguma privacidade enquanto conversávamos. Todos perceberam que nem Zayn e muito menos eu esperávamos pela lei de jasmins, esse colar pegou a todos desprevenidos.

— Me corrija se eu estiver errado — Zayn sussurrou de repente, ainda encarando o chão, mas falando comigo. — Dois dias antes você ficou com o Liam, um dia antes você ficou com o Niall e na manhã do incêndio foi comigo. Os outros rapazes, você ficou com algum deles nesse meio tempo ou algum dia depois do incêndio? — ele ergueu os olhos até encontrar os meus.
— Não, somente Liam, Niall e você. Depois do incêndio foi apenas você.
— Então temos a nossa margem de erro. Há possibilidade desse bebê ser de Liam ou Niall, mas a possibilidade maior é que seja meu. Camisinha? — ele perguntou de repente e eu fiquei confusa, até me tocar que ele perguntava se usei camisinha com um dos dois.
— Com os dois. Exceto com você — falei depois de pensar um pouco. É, realmente usei camisinha com os dois.

Eu sempre fui muito cuidadosa em relação a isso. Zayn e Louis são os únicos com quem às vezes abdico da camisinha, pois são os que eu conheço a mais tempo e sei que estão limpos de qualquer doença, tanto eles quanto eu fazemos exames periódicos para confirmar sempre. Já os outros rapazes, eu nunca arrisquei.

— Ah, graças a Deus — Zayn suspirou e caiu em meu colo, abraçando a minha cintura e repousando a cabeça em minhas coxas, senti vontade de rir, mas estava tensa demais para isso.
— Graças a Deus? É bem possível que eu esteja grávida e você agradece a Deus? — resmunguei irônica e ele ergueu a cabeça para me olhar
— Estou agradecendo por esse bebê ser meu. E sim, estou agradecendo por você estar grávida, um bebê é sempre uma benção, Ley. Não importa que não seja a hora certa, não é culpa dele se foi concebido no momento errado — Zayn falou e senti a sinceridade em sua voz. Ainda não havia nada confirmado, mas eu soube naquele momento que se eu realmente estivesse esperando um bebê, eu estaria segura ao lado de Zayn


De qualquer forma, teríamos a resposta dentro de três dias, que é o dia marcado para a minha menstruação descer. Se ela realmente não vier, então eu poderei consultar um médico.
Depois de respirarmos fundo mais três vezes, Zayn me prometeu que tudo daria certo, que tudo ficaria bem. Então ele me beijou e nós nos juntamos à sua família, para que eu pudesse conhecê-los.
O dia correu muito agradável, almoçamos com os familiares de Zayn, eu aprendi a dançar hula com as primas dele enquanto ele tocava ukelele com os primos, foi maravilhoso e eu até mesmo esqueci de ficar pensando na lei de jasmins, eu estava me sentindo tão feliz e relaxada, não queria estragar aquilo por nada.
Quando o sol começou a se pôr e todos sentaram-se na areia para assisti-lo, eu fiquei muito chocada. As cores alaranjadas ao redor dele eram espetaculares. O por do sol do Havaí, sem dúvidas, era o mais bonito do mundo.
Enquanto todos admiravam o sol se pondo, as primas de Zayn se levantaram e me chamaram para dançar durante o espetáculo do sol. Zayn começou a tocar o ukelele e eu reconheci a música que ele começou a cantar, Can't Help Falling In Love, do rei Elvis Presley. Não consegui me decidir entre dançar e vê-lo cantar, sua voz era magnífica



Quando a música acabou ele sorriu para mim, colocou o ukelele de lado e ergueu a mão, agarrei-a imediatamente e me sentei em seu colo. Ele me abraçou forte e me beijou.

— Você canta tão bem — sussurrei fechando os olhos para sentir o seu abraço.
— E você dança muito bem, pareceu que já nasceu sabendo dançar hula — nós rimos.
— Pegue a minha mão, tome a minha vida inteira também, porque eu não consigo evitar me apaixonar por você — ele sussurrou em meu ouvido, recitando a música do Elvis para mim. Me derreti completamente, sorrindo feito uma boba.

O por do sol deu lugar a linda noite cheia de estrelas. A praia estava calma e dava para ouvir o som das ondas ao longe. Os rapazes fizeram uma fogueira e a família inteira estava ao redor, assando bobagens para comer, conversando e cantando músicas havaianas.
Zayn e eu estávamos sentados na areia, abraçados e conversando com a mãe dele, na verdade Zayn conversava com Trisha enquanto eu estava com as costas apoiada em seu peitoral, apenas ouvindo-o contar sobre sua vida em Londres.
O clima do Havaí é tão agradável, sinto-me em casa apesar de ter chegado aqui a menos de 10 horas. A família de Zayn também contribuiu para a sensação gostosa de estar aqui, todos são muito simpáticos e receptivos, para o meu completo deleite ninguém mencionou o fato da possível gravidez, nem mesmo Zayn e eu tocamos no assunto. Achamos melhor deixar para uma outra hora, quando estivermos um pouco menos encantados por estar aqui.
Zayn e eu decidimos ir dormir cedo, por causa do fuso-horário que acabou com a gente. Trisha e Safaa, irmã mais nova do Zayn, nos acompanharam até o antigo quarto de Zayn, era grande e tinha uma cama de casal com uma colcha antiga de uma banda de rock, a mesma que ele tem uma camisa que eu adoro. Nossas malas já estavam lá e assim que Trisha e Safaa saíram, Zayn arrancou a camisa e foi até o banheiro tomar um banho.
Enquanto ele usava o banheiro eu abri a minha mala e peguei uma camisola de cetim muito linda que eu comprei antes de viajarmos, ela vinha com um lindo robe também de cetim, peguei também escova de cabelo e de dentes. Abri a mala de Zayn e peguei escova de dentes, uma cueca e um short leve para ele dormir, em seguida fechei e guardei as duas malas no canto. 
Quando ele saiu do banheiro com uma toalha rosa ao redor da cintura, eu lhe entreguei suas coisas e entrei no banheiro. Tomei um banho gelado muito refrescante e me vesti, ao voltar ao quarto encontrei Zayn sentado na cama, mexendo no celular. Ele ergueu o olhar ao notar minha presença.

— É o Jay — ele disse e eu me sentei ao lado dele na cama. — Você está linda.
— Obrigada, querido — dei-lhe um beijo rápido e me inclinei para ver a tela de seu telefone. — O que ele quer?
— Perguntou se chegamos bem — ele disse e desviou o olhar, havia mais alguma coisa que ele não queria me contar.
— E? — induzi-o a continuar, ele suspirou e me mostrou a mensagem que ele mandou para o meu irmão. — O quê? Você contou a ele que eu estou grávida? Enlouqueceu, Zayn? — guinchei chocada. — Nós nem ao menos temos certeza disso!
— Eu tenho certeza, como eu já te disse, a minha vó sabe dessas coisas, Ley — ele rebateu calmamente, ignorando o meu chilique.
— Zayn! — reclamei com uma voz aguda de descrença. — Eu gostaria de ter certeza antes de avisar a minha família! Queria ter a confirmação de um médico!
— Hayley, desculpe, okay? Me desculpe, me empolguei, escapou, foi mal! — ele deu de ombros e jogou o telefone em cima da mesinha de cabeceira. — Venha aqui, linda. Eu só estou tão ansioso com isso — ele murmurou me puxando para deitar ao lado dele na cama, cedi e deixei que ele me puxasse para seus braços.


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— Só não faça isso sem me consultar antes, por favor — pedi, ele assentiu.
— Ah, vamos. Não me diga que você não imaginou como pode ser? — ele disse, sua voz estava tão empolgada que enterneceu meu coração. — Já pensou em como será essa criança? Meu Deus, Hayley, se ela vier com os seus olhos, juro por Deus que não respondo por mim. Será a criança mais linda do mundo! — ele guinchou alegremente, me fazendo rir.
— E com os seus cabelos? Negros como o ébano, Jesus, será tão lindo esse bebê — concordei sorrindo, não pude deixar de imaginar um lindo bebê com cabelos espessos e negros, um nariz fino como o de Zayn e olhos azuis como os meus.
— Nós vamos amá-lo muito, Ley, eu sei disso — ele sussurrou em meu ouvido e suas mãos subiram a minha camisola até que a minha barriga estivesse exposta, ele acariciou minha barriga carinhosamente, relaxei e me permitir acreditar naquilo, seríamos felizes, amaríamos esse bebê, seríamos uma família.
— Você quer um menino ou uma menina? — perguntei de repente, Zayn riu.
— Eu quero que venha com saúde — ele disse divertido.
— Ah, não, Zayn! É óbvio que queremos que venha com saúde, não fuja da pergunta. Sério, vamos, me responda. 
— Tudo bem. Bom, eu iria adorar ter uma garotinha para proteger, sabe. Principalmente se ela fosse como você — ele sussurrou perdido em pensamentos, me fazendo sorrir. — E você?
— Eu quero um menino, sempre foi o meu sonho ter um menino primeiro — falei.
— É, um garotão pra ensinar a jogar bola, vesti-lo com roupas estilosas, ensiná-lo a preparar drinks — Zayn disse e eu ri.
— Jura? Acho que vai demorar um pouco até você poder ensiná-lo a preparar drinks, querido. E você pode fazer tudo isso com uma menina.
— Eu sei, mas agora eu também entrei no espírito, quero um menino para poder cuidar da nossa menininha quando ela vier — nós rimos e ele beliscou minha bunda. — E sabe o que ajuda a ter um menino?
— Não, o quê? — perguntei divertida, tentando me esquivar de seus dedos que me faziam cócegas.
— Sexo, muito sexo facilita o casal a ter um bebê do sexo masculino! — ele disse e eu ri mais ainda.
— Você é um grande bobão.

Ele me beijou e eu deixei que ele me despisse. Se isso nos faria ter um menino, então por mim tudo bem. Mesmo que não fizesse, continuaria tudo maravilhosamente bem!




sexta-feira, 8 de setembro de 2017

"Me conte o que você está pensando
Sempre pensando muito
Eu só quero te amar
Eu entendo você..."
– I Got You (Bebe Rexha)



Tive conhecimento de todas as suas proezas desde aquele dia, se arriscou por minha causa, se machucou muito e conseguiu salvar uma vida apesar de não ser a de quem ela mais desejava, ouvir pela boca de outros sobre o estado letárgico em que ela passou os últimos dias me deixou doente, imaginá-la chorando e sozinha sem que eu pudesse consolá-la partiu o meu coração. Nunca pensei que Hayley ficaria assim por minha causa e confesso que isso foi uma prova, tanto para mim quanto para ela, do tamanho do seu amor por mim.
Ao adentrar em seu apartamento com ela em meu colo, me beijando com toda aquela vontade, aquele desejo, eu a levei até o quarto. Mesmo de olhos fechados eu sabia bem o caminho, era muito familiar para mim.
Seu vestido curto e justo estava enrolado até a cintura enquanto as minhas mãos exploravam sua coxas e apertavam sua linda bunda. Para o meu contentamento ela estava usando uma linda lingerie por baixo do vestido, com direito a cinta-liga e tudo. Ela estava sexy pra caralho.
A coloquei sentada na ponta da cama e terminei de tirar o seu vestido, ela sorriu marotamente e mordia o lábio inferior enquanto eu deslizava o meu olhar por todo o seu corpo naquele lindo conjunto preto. Incrível. E era toda minha. Dava pra acreditar?
Hayley se deitou na cama, arrebitando os peitos sob o bojo da lingerie, fiquei louco. Arranquei o casaco e a camisa e os deixei cair no chão enquanto subia na cama e engatinhava por entre sua pernas. Ajoelhei-me no meio de suas pernas abertas e me inclinei para dar um beijo em sua virilha, logo abaixo de seu ventre, ouvi seu suspiro e deslizei meus dedos por sua longa perna vestida com a meia calça preta.
Soltei a liga de sua meia 3/8 de renda e a despi lentamente, saboreando a pele branca e macia que aparecia por baixo da meia, beijei cada centímetro livre enquanto ela me observava atenta e ofegante. Fiz a mesma coisa com a perna esquerda e comecei a despi-la da parte de cima da lingerie, quando seus seios ficaram livres a minha frente eu não resisti, tive que beijá-los, sentir seus mamilos rijos sob a minha língua, saborear o gosto de sua pele quente e suada.
Os gemidos e suspiros de Hayley eram uma satisfação a parte, era como música suave e doce em meus ouvidos, me instigando a continuar, a ir além e fazê-la mulher, fazê-la minha mulher.
Mas a cada segundo eu estava mais impaciente, precisava dela, precisava estar dentro dela. A falta que meu corpo sentia do dela era semelhante a falta que sentia uma pessoa destra que perde o braço direito. Com uma dosagem certa de velocidade e carinho eu enfim terminei de despi-la, assim como me despi no processo também.
Hayley me olhava como se visse uma cena do paraíso, seus olhos lacrimejaram quando a beijei e eu senti o medo, a saudade e o amor que ela sentiu por mim nos últimos dias, senti o tamanho do sentimento crescendo entre nós. Era uma coisa inexplicável. Eu nunca havia sentindo aquilo antes, era maior que eu, maior que tudo que eu conhecia.
A penetrei com cautela, sentindo cada pequeno milímetro de sua pele em mim. Eu queria amá-la naquela noite, não somente trepar. Eu queria ela por inteiro, queria conhecê-la apaixonada por mim, era uma parte dela que eu não conhecia ainda.


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Quando ela montou em mim, eu perdi o bom senso. Seu gosto, sua boca, seu toque, tudo estava me inebriando, me deixando incrivelmente saciado e ao mesmo tempo sedento, eu não queria largá-la nunca mais. A sensação que eu estava sentindo era uma mistura de perfeição com luxúria e amor, era uma coisa de outro mundo. E a todo tempo, em minha cabeça, eu só conseguia agradecer por estar vivo e por estar vivendo aquilo com ela.


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Quando ela se contorceu em meus braços, fechando os olhos com força, tremendo e gemendo, foi a minha perdição, enquanto a observava gozando tão lindamente eu não consegui me conter e me rendi também, visitei o mesmo ponto do paraíso grudado nela.
Com um ultimo suspiro e um beijo apaixonado, eu a abracei e deixei que descansasse. Acariciei seus cabelos e sorri ao senti-la acariciar o meu rosto, seus olhos brilhavam intensamente e um pequeno sorriso não saia de seus lábios. Não falamos nada, apenas admiramos um ao outro.



Apaguei quase imediatamente, sonhando com ela e sentindo a paz pelo qual sempre desejei.
Acordei algum tempo depois e a encontrei ainda me olhando, mas dessa vez seus olhos estava desfocados e percebi que ela estava pensando. Fiquei admirando-a até que ela notou que eu estava acordado e ela sorriu.
Aproveitei o momento para convidá-la para ir a Honolulu comigo, eu precisava ver e tranquilizar a minha família e queria que ela os conhecesse, era muito importante para mim.
Mas eu acabei adormecendo e não recebi a sua resposta.



Consegui dormir um pouco depois da conversa rápida com Zayn, mas acordei de manhã ao sentir a cama vazia. Fiquei assustada. Por um minuto pensei que tudo não passou de um sonho, que Zayn ainda não tinha voltado e que eu apenas tinha fantasiado tudo aquilo. Abracei o travesseiro já sentindo as lágrimas umedeceram os meus olhos, foi quando a porta se abriu e Zayn entrou, ele estava molhado e com uma toalha ao redor da cintura, sorria para mim mas ficou sério ao ver que eu estava chorando. Ele chegou até mim em menos de um segundo. Me escondi em seus braços e respirei fundo, secando as lágrimas discretamente.

— Tá tudo bem, Ley. Eu estou aqui — ele sussurrou, me acalentando e beijando a minha cabeça. — Não vou a lugar algum, querida.
— Me desculpe, eu não queria... — limpei o nariz e me afastei, mas ele não deixou, continuou me abraçando.
— Não se desculpe, Hayley. Eu entendo o que você passou nos últimos dias e entendo que vai demorar a acreditar que não é um sonho, mas eu estarei aqui sempre que precisar para te provar que eu sou real, que ainda estou aqui por você — falou Zayn, sério e sincero.
— Eu vou com você — murmurei de repente.
— Vai comigo? — ele perguntou confuso.
— Pra Honolulu, eu vou com você — expliquei, olhei para cima a tempo de ver o seu gigantesco sorriso.
— Ótimo, eu vou comprar as passagens para depois de amanhã.

Zayn me pediu para me arrumar para irmos juntos ao escritório de Harry, tomei um banho gelado e vesti uma roupa fresca, o tempo em Londres tem andado bem agradável, exceto à noite, que fica muito frio.
Zayn e eu saímos de casa e fomos no carro dele até o escritório de Harry em Mayfair. O garoto tem um baita lugar super refinado com vista para o St. James Park.
Assim que chegamos e nos sentamos lado a lado em poltronas confortáveis na sala de espera, a secretária de Harry pegou o telefone para avisá-lo que havíamos chegado. Nossa entrada foi liberada imediatamente, fazendo algumas pessoas que estavam ali resmungarem, com certeza estavam esperando há algum tempo.
Harry se levantou da poltrona atrás de uma imensa mesa de vidro ao nos ver, ele veio nos cumprimentar com um sorriso imenso no rosto, Zayn apertou a mão dele e eu lhe dei um abraço apertado, ele cheirava tão bem, sentia falta de seu cheiro.

— Quem bom que vieram, eu estava esperando vocês. Viram aquelas pessoas lá fora? — ele perguntou e Zayn e eu assentimos. — Estavam esperando por vocês também, e acreditem, já estão bem impacientes.
— Desculpe o atraso, decidi de última hora que queria Hayley aqui comigo — disse Zayn e Harry balançou a mão com desdém e sorriu.
— Não se preocupe com isso, está tudo bem. Primeiro eu gostaria de dizer que o sujeito que colocou fogo em seu bar era um trilhardário bem filha da puta, sem herdeiros, esposa ou se quer família — Harry disse alegremente. — Isso significa que você receberá todo o dinheiro da indenização e da reforma do bar, ainda mais se eu puder ajudar — Harry piscou e nós rimos.
— Que ótimo, porque estamos planejando um viagem à Honolulu e ultimamente as passagens não estão lá a preço de bananas — disse Zayn e segurou minha mão por baixo da mesa, entrelaçando os nossos dedos. Eu queria dizer a ele que pagaria a minha própria passagem, mas não achei adequado discutir isso na frente do Harry.
— Ah, Honolulu. É de onde você veio, certo? — perguntou Harry e suas sobrancelhas se ergueram, ele olhou rapidamente para mim e eu percebi a sua surpresa.
— Sim, quero ir lá tranquilizar a minha família e também quero que Hayley os conheça — disse Zayn, ignorando deliberadamente o olhar inquisidor que Harry me lançava. 
Sim, eu sei querido, ainda preciso resolver as minhas coisas com você, Liam, Louis e Niall. Mas, sabe, são coisas demais para pensar no momento.
— Bom, pode relaxar, Zayn. Vou conseguir o suficiente para lhe dar férias confortáveis em sua cidade natal, para vocês dois — Harry disse, fazendo ênfase ao olhar para mim mais uma vez. 

Tudo bem, vamos lá, vocês não adivinharam, nem se quer pensaram que agora eu estou com o Zayn? Jura? Passei onze dias em completa depressão por causa dele e já tem dois dias que eu não o largo nem para ir ao banheiro. Vamos lá, meninos, vocês são mais espertos que isso!

— Ótimo, obrigado, Harry. Quando eu receber a quantia, pode deixar que irei lhe mandar os 10% de sua comissão e também terá entrada vip em meu novo bar. Você é o melhor! — Zayn agradeceu animadamente, Harry tentou responder com entusiasmo, mas percebi que seus olhos continuava desviando-se até mim, confusos e descrentes.
— Então você finalmente escolheu um de nós, não é mesmo? — perguntou Harry algum tempo depois quando Zayn foi passar os dados dele para a secretária de Harry, nos deixando sozinhos em sua sala.
— Me desculpe, Harry. Na verdade não fui eu quem escolheu, foi a situação. Eu amo todos vocês, mas com Zayn, é algo muito maior, nem eu consigo entender — murmurei levantando para ir de encontro a ele, que parecia triste, acariciei seu lindo rosto e senti um nó se formar em minha garganta.
— Os outros já sabem? — sua voz soou baixa.
— Não, somente Zayn e, agora, você.
— Eu amo você, Ley, e quero que seja feliz — ele disse docemente, colocando sua mão sobre a minha enquanto eu deslizava os dedos suavemente por sua bochecha. — Mesmo que seja com ele.
— Hayley — ouvimos a voz de Zayn na porta, pelo tom percebi que não gostou da minha proximidade com Harry. Bem, desculpe, amor, mas eu tenho uma história com ele, não vá começar a dar chilique agora. — Já podemos ir.
— É claro. Já vou — voltei a olhar para Harry e seus grandes olhos verdes pareciam imensamente tristes, meu coração se partiu. — Até mais, querido.
— A gente se vê — ele sussurrou e eu o abracei forte. Seus grandes braços abraçaram minha cintura e ele afundou o rosto em meu pescoço, fungava baixinho.
— Eu amo você, Hazza — despedi-me ao soltá-lo, ele sorriu e acenou.
— Obrigado, Harry. Nos falamos em breve — disse Zayn quando parei ao seu lado.
— Claro, boa viajem pra vocês — Harry acenou e voltou a se sentar na poltrona.

Antes de Zayn fechar a porta eu tive uma dolorosa visão de Harry soltando uma bufada de ar e esfregando o rosto com as grandes mãos que ele possui, parecia perdido.
Zayn me abraçou e nós deixamos o prédio, me senti horrível o tempo inteiro, apesar de Zayn tentar me animar. Odeio terminar com alguém, é exatamente por isso que não namoro.
Pensando bem, o meu relacionamento com os rapazes era sim uma espécie distorcida de namoro, porque agora eu terei que terminar com todos eles e só a ideia já me faz sentir doente.
Quando chegamos em minha casa vi que James já havia voltado e estava com visitas. Ter um grande Husky Siberiano de pelo bem cheiroso pulando em cima de mim foi a minha maneira de descobrir, pois nem abri a porta direito e Zeus já estavam em meu colo, me lambendo e me abraçando com as imensas patas.

— Olá, meu amor. Que saudade de você, menino — falei com uma voz de criança forçada, eu me achava ridícula quando falava assim, mas Zeus gostava.
— Oi, Liam — disse Zayn, se aproximando para apertar a mão de Liam.
— Zayn — Liam o cumprimentou de volta. — Ley, como você está?
— Bem, obrigada, querido — murmurei soltando Zeus para dar um abraço nele. Ele cheirava bem, muito bem.

Eu sou uma pessoa muito olfativa, me apaixono por cheiros, adoro sentir o perfume das pessoas, amo sentir o cheiro de um livro novo ou velho, adoro o cheiro de uma chuva inesperada em um dia quente e gosto mais ainda do cheiro de terra molhada.

— Está se sentindo melhor? Nós sentimos a sua falta — Liam disse, se referindo a Zeus e ele.
— Estou sim e eu também senti falta de vocês — falei docemente e olhei de relance para Zayn, ele estava sério e encarava o chão. James igualmente. — Liam, eu... Hum... Eu acho que nós precisamos conversar.
— Ah, sim, claro — Liam sorriu, percebi que era um sorriso conformado e eu soube que com ele seria mais fácil.
— Zayn, quer ver um filme foda que eu comprei. Vem, vou te mostrar — James falou de repente e levou Zayn até o meu quarto, ele olhava para trás algumas vezes inseguro, antes de sumir pelo corredor.
— Eu já sei o que vai me dizer — Liam sorriu e se sentou em meu sofá ao lado de Zeus, os dois ainda pareciam se sentir em casa e isso reconfortou o meu coração.
— É, eu sinto muito. Mas as últimas horas foram bastante intensas para mim e... Bem... Zayn e eu estamos juntos agora — murmurei em meio a gaguejos, Liam sorriu e balançou a cabeça.
— É, eu saquei. Na verdade, todos sacamos. Mas Harry ainda relutava em acreditar que você viraria monogâmica por causa de Zayn — ele riu e eu consegui sorrir também, apesar de me sentir muito tensa.
— Nossa, eu estava morrendo em ter que chegar em todos vocês e gaguejar mais uma vez. Me senti horrível quando falei com Harry hoje mais cedo — suspirei aliviada e Liam segurou a minha mão.
— Não precisa se preocupar, linda. Todos nós entendemos e ainda estamos aqui por você sempre que precisar. Pra ser bem sincero, foi bom você nos juntar no seu harém, porque agora meio que somos amigos — Liam disse e eu ri, estava aliviada por saber disso.
— Ótimo, no lugar de "Todas Contra John", teremos agora "Todos Contra Hayley" — brinquei, ele riu e balançou a cabeça.
— Não, pelo o contrário, não te odiamos, Ley, nós te amamos. E é por isso que queremos que você seja feliz, independente de com quem for.
— Obrigada, eu também amo vocês, amo tanto vocês — sussurrei e o abracei forte, pude respirar aliviada naquele momento.


♂♀♂♀

Nos últimos dias Zayn tem passado muito ocupado, tem resolvido os problemas jurídicos do bar e queria deixar tudo ajeitado para que viajássemos despreocupados.
Quase não o vi durante o dia, mas todo fim de tarde ele vinha ficar comigo, dormíamos juntos e ele não saia do meu lado até que eu acordasse e ele pudesse se certificar de que eu não ficaria insegura quanto a sua presença. Ultimamente eu tenho sentido muito isso, insegurança, na verdade é o mesmo medo de que tudo seja apenas um sonho.
Agora James está indo nos levar até o aeroporto, ficaremos uma semana em Honolulu e eu estou preocupada com o fato de conhecer a família de Zayn, me sinto levemente enjoada de tanto nervoso, mas ainda terei um voo de 18 horas para me sentir mal.
Quando embarcamos no avião, pedi para Zayn me falar mais a respeito de sua cidade natal e de sua família, ele me disse que sua família mora próximo a Baía de Hanauma, ele me explicou que é uma enseada marinha formada dentro de um cone vulcânico, localizada ao longo da costa sudeste da ilha de Ahu (a leste de Honolulu) nas ilhas havaianas. 
Ele me contou também que a Baía de Hanauma é uma reserva natural e uma área de conservação da vida marinha, ele me conta que quando era criança ele ia todas as manhãs ver as Honus, tartarugas marinhas verdes, e os muito variados tipos de peixes que apareciam pela praia.
Antes de pousarmos no Aeroporto Internacional de Honolulu, eu consegui entrar no minúsculo banheiro da aeronave para trocar de roupa e retocar a maquiagem para chegar apresentável. Estava tão ansiosa que meu estômago dava saltos dentro de mim, demorei mais do que era preciso no banheiro pois não parava de sentir que iria vomitar a qualquer momento, mas acabei tendo que ser obrigada a sentar para o pouso.


Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

Sinopse
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