quarta-feira, 23 de agosto de 2017

"Eles pensam que eu tenho tudo
Eu não tenho nada sem você
Todos os meus sonhos e todas as luzes significam
Nada sem você..."
– Without You (Lana Del Rey)



Fechei meus olhos mais uma vez, sentindo-me exausta, e deixei que Liam me abraçasse, que me deitasse naquela maca desconfortável e cuidasse de mim, porque naquele momento o meu corpo precisava de cuidados, mas o meu coração precisava de um milagre.



Pedi ao meu grupo para terminar o trabalho no bar, eu subi na ambulância e mais uma vez acompanhei Hayley até o hospital mais próximo. Hayley estava acabada, os pontos em sua barriga se abriram e o ferimento, que antes estava quase cicatrizado, voltara a se abrir e a sangrar; suas mãos estavam todas machucadas, cheias de farpas e queimaduras, em seu tórax haviam muitas queimaduras superficiais, sem falar na quantidade de fumaça que ela inalou, prejudicando a sua respiração e nos fazendo colocá-la no oxigênio.
Umedeci um pano com soro e tentei limpar o seu rosto o máximo possível, ela estava com vários arranhões pelo rosto e pelos braços e eu me odiei por ter deixado ela entrar lá dentro, eu devia tê-la segurado com mais força.
No hospital eu não pude acompanhá-la além da sala de espera, então eu fui fazer a ficha dela. Depois fui ver como estavam Niall, Louis e Harry. Niall e Louis estão bem, ficaram um pouco no oxigênio para melhorar a respiração por causa de toda a fumaça que inalaram, mas Harry estava um pouco pior, ele já saiu da UTI e agora está num quarto, mas teve queimaduras de segundo grau pelo corpo e parte do seu cabelo também queimou, ele terá que cortar mais curto do que está acostumado mas não ficará ruim, o importante é que ele está vivo e agora está melhorando. Jack também está estabilizado, o barman teve bastantes queimaduras superficiais e bateu a cabeça, mas ficou protegido do fogo pela estante que caíra em cima dele.
Zayn está desaparecido. A última notícia que tive do local do incêndio foi que recuperaram mais quatro corpos, ao todo são 16 mortos, mas Zayn não está entre eles, ele simplesmente desapareceu sem deixar rastro e isso me assusta, pensar nas possibilidades me deixa nervoso.
Depois de Hayley passar por mais uma cirurgia para refazer os pontos em seu ferimento e depois de receber um banho de gato, ela é transferida para um quarto e eu vou fazer companhia a ela enquanto James continua no local do incêndio, esperando notícias de Zayn.
Hayley tem um sono conturbado, tenho que ouvi-la chamar por Zayn o tempo inteiro e isso me parte o coração ao mesmo tempo que me deixa louco de ciúmes.
Eu fico o tempo inteiro com o celular dela e o meu em mãos para o caso de mais alguma notícia, mas horas e horas se passam e até a esperança de encontrar Zayn se desfaz, eu rezo mentalmente para que Hayley continue dormindo porque dar essa notícia a ela vai ser terrível.


♂♀♂♀

Passamos três dias no hospital e Hayley dorme o tempo inteiro. Não que ela esteja em coma ou algo assim, mas acho que ela esta fugindo do inevitável, pois todas as vezes que acorda ela reclama que sente muito dor até conseguir mais remédio para dormir, então ela apaga e continua sem ter que ouvir notícias sobre a busca de Zayn, que continua desaparecido.
Os rapazes e eu estamos fazendo um quadro de horários para não deixá-la sozinha aqui e ao mesmo tempo para que todos possamos descansar. Eu procuro sempre passar o máximo de tempo que posso, mas no fim um dos caras acaba me expulsando para casa e não é de todo ruim porque eu ainda tenho Zeus e preciso cuidar dele também.
Mas hoje ela recebe alta e não vai ter escapatória, terá que encarar a realidade e saber que Zayn está desaparecido e que não temos mais esperanças de encontrá-lo, pelo menos não com vida. 
Agora ela está saindo do banheiro, acabou de tomar um banho e está vestindo um vestido bem leve e anda bem devagar porque seus músculos estão adormecidos e seus pontos ainda doem; ela prendeu o cabelo loiro em um rabo de cavalo e está com uma cara de partir o coração. James arruma a mochila dela e a joga no ombro, eu vou até ela e a abraço pela cintura para lhe dar apoio, ela encosta a cabeça em meu ombro e respira fundo, vejo lágrimas em seus olhos e eu sei que é por causa dele. Seu coração está quebrado e eu sei que eu não vou poder ajudá-la a concertar, ela precisa dele.
Com um silêncio aterrador, nós seguimos no meu carro até a casa de Hayley. Sabendo que ela precisaria de apoio, eu trouxe Zeus mais cedo e o deixei na casa dela, para então ir buscá-la. Agora eu tenho certeza que ele está vigiando a porta em agonia nos esperando chegar.
Hayley não disse uma palavra desde que saiu do bar em chamas e todo mundo está entendendo e esperando o seu tempo certo, mas é difícil não vê-la sorrindo e brilhando como todos estamos acostumados, parece que uma parte de Hayley ficou naquele bar e agora ela não sabe como agir.
Quando James abre a porta Zeus vem como um raio, ele pula em cima de mim e eu o abraço para acalmá-lo, pois se ele pular em cima de Hayley é capaz de machucá-la e ela está tão frágil que tenho medo de vê-la desabar a qualquer momento sob os meus olhos.
É a primeira vez que vejo-a sorrindo, ela abraça Zeus e beija seu pelo, mas a todo instante há lágrimas em seus olhos e seu sorriso é triste. Ela decide ficar no quarto, Zeus a segue e James e eu deixamos que ela fique sozinha por um tempo, mas quando eu vou checar se ela está bem eu a encontro encolhida em forma de bola na cama com Zeus cabisbaixo aninhado junto a ela, sentindo e compartilhando todo o seu sofrimento. Eles dois ficam o dia inteiro no quarto e ninguém se atreve a interrompê-los.
A tristeza de Hayley é quase palpável e todos são afetados, qualquer pessoa que venha vê-la se sente triste apenas por chegar na porta e ninguém realmente tem coragem de ir até o quarto, o único que tem colhão é Zeus, que fica ao lado dela o tempo inteiro, a deixando apenas para fazer suas necessidades ou pra pedir comida, e mesmo quando o faz ele volta rapidamente para perto dela. Eu nunca fiquei tão feliz por ter aquele cachorro.
Cinco dias depois do acidente é quando um de nós finalmente tem coragem de invadir o quarto e tentar sacudir Hayley, esse herói foi o Harry e, apesar de não ter obtido sucesso algum, eu o admiro por tentar.
Hayley está definhando em cima da cama e é insuportável vê-la acabar consigo mesma daquela forma, mas nenhuma de nós sabe o que ela está sentindo e nenhum de nós consegue convencê-la a enfrentar isso de forma diferente, o único que consegue arrancar alguma coisa dela está desaparecido há cinco dias.



Eu acordo para o sexto dia e é como se o sol também não quisesse acordar, Zeus ainda está encolhidinho ao meu lado e eu o abraço, mas um vazio insuportável ainda habita todo o meu corpo e meus olhos voltam a lacrimejar. Eu não sei de onde tirei tantas lágrimas, mas elas sempre vem.
Fazem exatos seis dias que eu não sinto o toque de Zayn, fazem exatos seis dias que não o vejo. Seis dias sem sentir seu corpo junto ao meu. Seis dias sem sentir o seu cheiro, nem mesmo o resquício que ficou em meu travesseiro existe mais, sumiu rápido depois que eu passei a cheirá-lo tanto.
Eu ainda ouço a sua voz, chamando o meu nome, brincando, gemendo em meu ouvido, fecho os olhos e é como se ele estivesse deitado comigo, mas quando abro os olhos é como se a ferida em meu coração se abrisse mais e eu choro desesperadamente enquanto Zeus choraminga junto comigo.
Me levanto da cama com dificuldade e decido tomar um banho quente para amenizar o frio que me envolve, mas é como em todos os outros dias, a água quente não me aquece, a minha cama não me aquece, o meu corpo continua gelado como se eu estivesse morta, não importa quanto tempo eu passe debaixo d'água. Depois do banho eu visto uma camisa de Zayn que estava perdida em meu guarda-roupas, cheiro ela mas me decepciono ao perceber que seu cheiro não está mais ali, então eu volto para a cama e Zeus é o único a me consolar.
Apesar de eu não querer ouvir, Harry veio me dar notícias ontem, ele me disse que está cuidando dos assuntos do bar. Ele é advogado e decidiu que iria cuidar do seguro do local, ajudou muito o fato de que as imagens das câmeras de segurança eram enviadas diretamente para o computador que fica na casa de Zayn, então a polícia conseguiu identificar o causador do incêndio. Um bêbado estúpido que decidiu fumar no banheiro mesmo sabendo ser proibido. O bêbado pagará indenização a todas as vítimas do incêndio e as famílias dos mortos também, pagará também uma quantia exorbitante pelos estragos do bar. Sem falar no seguro do bar que com certeza renderá uma grana boa, o suficiente para Zayn montar um bar novo e muito melhorado.
Mas o fato que ninguém citava durante toda a conversa é que Zayn não estaria aqui para receber a indenização ou o dinheiro do seguro, muito menos estaria aqui para montar o bar novo. Zayn não estaria aqui e ponto.
Harry também me avisou que eu não precisaria me preocupar com o meu trabalho, que ele já levou o meu atestado novo e que o meu patrão disse que eu teria o tempo que eu quisesse para enfrentar essa situação e quando eu estivesse pronta eu poderia voltar. Eu não queria voltar, eu não queria se quer sair do meu quarto!
Quando olhar pela janela se tornou insuportável eu peguei o meu ipod e coloquei os fones no ouvido, ouvi algumas músicas que geralmente levantavam o meu animo, mas no caso só serviu para me fazer chorar mais, pois eram músicas que eu já tinha ouvido e até mesmo dançado com Zayn, eu estava enlouquecendo aos poucos e eu não gostava de mim mesma naquele momento, mas eu não queria mudar, eu queria continuar na minha cama e tentar imaginar que tudo não passava de um sonho, que quando eu acordasse Zayn estaria ao meu lado, pronto para me abraçar e garantir que tudo não passou de um pesadelo. 
Mas toda vez que eu acordava o pesadelo continuava a rolar, nunca era Zayn ao meu lado, sempre era o vazio insuportável e frio.
Enfim desisti e tirei os fones de ouvido, senti meu estômago se contorcer e roncar, eu estava realmente com fome, meu corpo queria comida, mas eu não sentia vontade de comer. Era uma sensação estranha que eu nunca havia sentindo. Eu sabia que tinha a necessidade de comer, sabia que teria que engolir algo mais cedo ou mais tarde, mas a vontade de comer não acompanhava o meu raciocínio. Desta vez, no entanto, não deu para ignorar, eu precisava comer algo ou sumiria, eu já sentia meu corpo desaparecer lentamente, até a minha bunda estava menor e se tem uma coisa que eu não posso aceitar é que além de perder o amor da vida eu também perca a minha bunda.
Merda.
Amor da minha vida?
Não!
De onde eu tirei isso?
Não!
Eu o amo sim, sempre amei, mas eu não largaria tudo por ele.
Mas eu não já fiz isso? Arrisquei a minha própria vida pela dele, apesar de não ter conseguido salvá-lo.
Droga, isso é realmente um saco!
Me levantei desanimada e Zeus me olhou curioso, ele pulou da cama e me acompanhou para fora do quarto, quando chegamos a sala James e Liam pareciam ver um fantasma, talvez eu esteja realmente me parecendo com um. Liam foi o primeiro a se recompor, ele ergueu a mão para mim e eu achei falta de educação recusar, segurei sua mão e me aninhei em seu colo, fechei os olhos e tentei fingir que era Zayn, mas não era a mesma coisa, seu cheiro era muito diferente, ele tinha mais músculos que Zayn, suas mãos não eram do tamanho certo como as de Zayn eram. Pensar nessas coisas me deixou desconfortável, mas eu continuei ali, pois apesar de não ser quem eu queria, Liam estava ali e estava preocupado comigo.

— O que acha de comer alguma coisa, querida? — ele pergunta suavemente, fecho os olhos com mais força e balanço a cabeça, concordando. É como se eu dissesse que o presidente iria chegar, James pulou do sofá mais rápido do que Zeus quando vê comida dando sopa.

Em dois minutos eu tinha um prato de ovos fritos com salsicha e duas torradas com queijo bem na minha frente, meu estômago roncou em aprovação mas eu não me senti muito tentada a provar, minha boca estava seca e eu precisei sair do colo de Liam. James continuou segurando o prato todo esperançoso, me olhando com aqueles grandes olhos azuis cheios de: "Por favor, coma, maninha, eu preciso saber que nem tudo está perdido!". Sorri para ele e pedi dois segundos, fui até a cozinha e enchi um copo com água, a bebi lentamente, tentando umedecer a minha boca, que continuava seca apesar de toda a água.
Por fim me forcei a comer um pouco do que James tinha feito, dei uma torrada para Zeus e comi a outra, provei a salsicha e o ovo e não consegui ingerir mais nada, mas senti uma imensa vontade de tomar café com leite e adoçante, enquanto eu programei a cafeteira para coar me lembrei que a última vez que bebi café foi Zayn quem preparou para mim, tentei me controlar, juro que tentei, mas logo eu já estava sentada no chão da cozinha, respirando pausadamente e tentando controlar as lágrimas que desciam rapidamente pelas minhas bochechas.
Será que todas as vezes que eu for fazer alguma coisa eu me lembrarei dele? Seria pedir muito ter dois minutos em paz, sem que malditas lágrimas saltem dos meus olhos? Por que diabos ele tinha que estar naquele bar? Eu sei que era dele, mas ele podia ter vindo para a minha casa, poderia estar comigo, ele poderia não ter desaparecido e me deixado aqui, somente os cacos do que um dia foi uma pessoa.
Ele não tinha o direito de roubar a minha vitalidade assim, não tinha o direito de roubar o meu coração. A minha vida toda eu achei que eu vivia bem, sem assumir compromisso porque eu não queria sofrer por alguém, mas no fim das contas eu estava mais comprometida com Zayn do que eu pensava.
Eu só não consigo entender uma coisa. Zayn está comigo desde antes de todos os outros rapazes, por que eu tive que arranjar outros quatro caras para me sentir melhor? Por que eu tive que perdê-lo para entender que eu o amava mais do que compreendia? Odeio essas rasteiras que a vida dá, são dolorosas demais.
Quando o meu choro diminui um pouco e eu consigo respirar melhor, a cafeteira apita e James vem me ver, ele se senta de frente para mim e segura as minhas mãos, mas eu as solto e rastejo até estar em seus braços, ele me abraça forte e eu choro mais um pouco, talvez muito. Sinceramente não sei de onde sai tantas lágrimas.

— Eu não sei o que fazer, Jay — falo entre soluços, ele apenas me aperta mais. — Dói tanto, às vezes acho que não vou conseguir nem respirar!
— Eu sei, amor. Não precisa fazer nada agora, não vamos fazer nada agora — ele diz baixinho e eu choro, de novo, mais uma vez, para sempre.


♂♀♂♀

Dez dias. Eu ainda sinto como se o mundo estivesse escuro e frio. Ainda continuo na minha cama e Zeus é a minha companhia diária.
Me sinto cada vez mais cansada, apesar de dormir o dia inteiro. Acordo e meus olhos já ficam baixos, volto a dormir imediatamente. 
Zeus às vezes me assusta, ele se recusa a sair do meu lado mesmo quando eu o mando ir passear com o Liam ou qualquer um dos rapazes, ele não tem que ficar trancado comigo o dia inteiro, faz mal a ele.
Ainda não sinto fome, mas como pelo menos uma vez ao dia para tranquilizar o meu irmão, que continua com aqueles grandes olhos azuis me coagindo a fazer as coisas.
Ainda não há sinal de Zayn. Eu morro lentamente a cada vez que me recordo disso, e olha que são muitas vezes.
Ontem Niall veio me dizer que iria à casa de Zayn e queria que eu fosse com ele, fiquei péssima mas fui mesmo assim. Niall abriu as janelas para o ar correr pelos cômodos, ele regou algumas plantas que haviam ali, alimentou um passarinho vermelho que o Zayn ama e tirou o pó de alguns móveis. Ele fez tudo isso porque no fundo todos nós ainda temos esperanças que Zayn volte, é o que mais queremos, apesar da lógica nos dizer o contrário.
Enquanto ele fazia o possível para manter a casa de Zayn apresentável, eu me escondi no quarto de Zayn, deitei em sua cama, me enrolei em seus lençóis tão familiares, abracei seu travesseiro e cheirei tudo o que estava ao meu alcance e tinha o cheiro dele. Todo o momento eu tinha plena consciência que estava piorando as coisas para mim, mas eu não me importava, eu queria ele, estava em abstinência, me sentia como uma viciada em cocaína que não cheirava há dias. A verdade é que eu nunca havia passado tanto tempo sem Zayn e eu não me lembro de já ter vivido um período mais triste que aquele em toda a minha vida.
Quando Niall veio me chamar para ir embora, eu coloquei alguns casacos e camisas de Zayn em uma mochila, coloquei também o seu perfume predileto e o seu colar favorito de conchas do mar de Honolulu, vesti um casaco dele que estava jogado em cima de uma cadeira e me deliciei ao sentir o seu cheiro nele. O tempo todo Niall me assistia com um olhar triste e eu não aguentava ver aquele olhar eu seu rosto, eu não precisava da sua piedade, eu já estava sentindo pena de mais de mim mesma e da crueldade que estava acontecendo em minha vida e na de Zayn.
Fizemos o caminho em silêncio de volta para a minha casa, confesso que chorei a maior parte do trajeto e Niall me confortou com uma mão em meu joelho enquanto dirigia. Mas a dor que eu sentia precisava mais do que uma mão amiga para ser curada.
Desde ontem, quando voltamos da casa de Zayn, que eu não saio do meu quarto. Borrifei o perfume dele em meus travesseiros, vesti a camisa que ele adorava de uma banda de rock antiga e me enfiei embaixo das cobertas, fiquei encolhida em posição fetal até sentir que eu poderia respirar sem sentir a dor excruciante em meu coração.
Todo esse repouso serviu apenas para me fazer tirar os pontos, que cicatrizaram completamente e doem agora somente quando faço muito esforço. Mas ainda não posso beber e isso só piora tudo. Eu daria o mundo por uma garrafa de tequila agora. Na verdade, eu daria a minha vida para que Zayn voltasse e acabasse com essa droga de dor que me consome a cada dia mais.
Por que toda vez que eu desejo que ele volte há uma maldita voz em minha cabeça que diz que isso não vai acontecer? Odeio isso, odeio essa merda!


♂♀♂♀

Algumas vezes o silêncio em meu quarto era tanto que eu podia ouvir a conversa dos rapazes na sala, James nunca estava sozinho, eu sempre podia ouvir a voz de Liam, Louis, Harry ou Niall, mas a voz de Liam era a mais frequente. E foi a voz dele que eu ouvi quando eu soube que o meu mundo não estava arruinado de vez.




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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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