terça-feira, 4 de julho de 2017


"Aí você se lembra que a gente se completa
E vai voltar pra mim, se for um pouco esperta
Porque esse alguém perfeito que você tanto espera
Eu era, eu era..."
– Era Eu (Marcos e Belutti)



Levei Liam até a porta e, devagar, fechei a mesma, ficando sozinha com ele no corredor. A energia que ele emanava me atraía sutilmente. Ele tinha que ser meu, sim, sem dúvidas!


— Ele pode não ser seu namorado, mas há alguma coisa entre vocês — murmurou Liam, encostando-se na parede e olhando para mim, me aproximei dele, o bastante para sentir sua respiração, ele sorriu.

— E isso importa? — sussurrei, tocando seu rosto e puxando-o sutilmente em minha direção.

Seus lábios tocaram os meus sem qualquer relutância e seus braços logo me prenderam a si, me abraçando forte. Liam sabia beijar muito bem, isso me deu mais vontade de ver o quão bem nós nos daríamos em todo o resto.



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Ele me deu um último selinho e afastou a cabeça para me olhar, ainda me abraçando junto ao seu corpo quente.


— Descanse, você precisa ficar boa logo — ele murmurou, acariciando meus lábios suavemente com os seus dedos.

— Venha me ver mais vezes — pedi, ele sorriu.
— Pode apostar que sim.

Liam me deu um beijo na testa e me soltou, fiquei olhando-o se afastar pelo corredor e quando ele sumiu de vista eu voltei para dentro de casa. Zayn ainda estava emburrado e James estava absorto pelo programa que passava na tv, eu me sentei no sofá entre eles dois e peguei minha xícara de chá frio que ainda estava em cima da mesinha de centro.



♂♀♂♀

Louis apareceu em minha porta com um buquê maravilhoso, fiquei meio surpresa ao vê-lo em pé no meio da minha sala com um buquê pequeno e lindo, bem a minha cara. James havia ido atender à porta e apareceu com Louis, todo sem jeito segurando o buquê estendido em minha direção, não contive o sorriso e me levantei para abraçá-lo.

Zayn já havia ido para o bar, prometendo voltar quando o fechasse, o que seria de madrugada. Passamos a tarde inteira assistindo filmes e comendo bobagens.
Para ser sincera e justa, o buquê de Louis não tinha nada de simples, era todo ornamentado com rosas e lírios vermelhos e brancos, minhas flores preferidas. Era fabuloso, simplesmente lindo, me encantei assim que o vi estendendo-o para mim. 
Eu sempre amei receber flores, mas só havia recebido um buquê antes no meu baile de formatura do ensino médio, desde então nunca mais ninguém me deu flores, mas eu também não sou de anunciar aos quatro ventos que eu amo recebê-las.
James trouxe-me uma vaso bem bonito com água e eu arrumeis as flores dentro, era absolutamente lindo.

— Boo, são lindas — murmurei olhando hipnotizada para o buquê, ele sorriu.

— Achei que fosse gostar, você me disse uma vez que preferia os lírios e as rosas — ele disse, olhando para o buquê mais uma vez, peguei o vaso e cheirei as flores, o aroma era absurdamente adorável.
— Obrigada, são maravilhosas — falei e me inclinei na ponta dos pés para dar-lhe um beijo na bochecha, ele virou o rosto a tempo e nossos lábios se tocaram, ele segurou minha nuca e aprofundou o beijo, segurei em sua blusa, o puxando para mais perto de mim.



— Fiquei tão preocupado quando me contaram — ele sussurrou, colando a testa na minha e acariciando minha bochecha —, você está bem?
— Eu estou ótima, não esquenta! Vou ficar totalmente ótima em uma semana, ou duas. Já estou bem — garanti veemente, ele sorriu e assentiu sutilmente com a cabeça.



— Ela só precisa descansar, meu caro... — disse James, encostado na parede enquanto nos assistia curioso, esperando que Louis lhe dissesse seu nome.

— Louis, eu sou o Louis Tomlinson — respondeu Louis e se afastou de mim para apertar a mão erguida do meu irmão.
— Louis, esse é o meu irmão, James Catter — apresentei-os. Louis imediatamente relaxou os ombros ao saber que ele era o meu irmão.
— Ah, que bom conhecê-lo, James — disse Lou, James sorriu.
— Idem. Vou pegar chá, alguém vai querer? — disse meu irmão, já andando até a cozinha.
— Não, obrigado — agradeceu Louis, eu assenti, dizendo que queria.

Puxei Louis até o sofá e nos sentamos lado a lado, ele passou o braço ao meu redor e me abraçou forte, mas com cautela.

Fiquemos em silêncio até James aparecer com duas xícaras de chá, ele me entregou uma e se sentou na poltrona.
Mais tarde, quando James já cochilava esticado em um dos sofás da sala e Louis e eu estávamos abraçados em outro, o meu celular começou a tocar, me estiquei para pegá-lo e me arrependi imediatamente ao sentir a dor na barriga, me lembrando dos meus pontos, fiz algumas caretas e Louis logo pegou o celular para mim.

— Oi? — murmurei ao atender sem nem ver quem era.

— Oi, querida — disse Harry do outro lado.
— Como você está? — perguntei em meio a um suspiro por causa da dor.
— Estou bem, trabalhei bastante hoje e tomei alguns comprimidos pra dor. Levei o seu atestado e o seu chefe não hesitou em te dispensar. E você, como está?
— Estou bem, com um pouco de dor agora porque fiz o que não devia, mas estou bem — murmurei divertida, Louis arqueou uma sobrancelha para mim, curioso para saber com quem eu falava.
— Hum. Você está sozinha? — perguntou Harry desconfiado. Eu mereço, duas águias me perseguindo, um ao meu lado e outro ao telefone!
— Não, estou com o Louis e meu irmão está dormindo.
— E o que foi que você não devia, mas fez mesmo assim? — perguntou Harry, um pouco rude.
— Harry! Meu Deus, isso é ciúmes? O que você quer que eu diga? Ah, eu transei com o Louis e acabei forçando demais os pontos — desdenhei irritada, Harry ficou mudo, eu só podia ouvir sua respiração pesada. — Eu não fiz nada com ele, Harry. Eu apenas me estiquei demais para pegar o celular e isso me causou dor, foi só isso — murmurei em meio a um suspiro exausto.
— Hum — ele resmungou.
— Você sabe muito bem que se eu estivesse a fim, não seria você quem iria me parar, ninguém aliás! — vociferei perdendo a paciência, Louis se empertigou ao meu lado e se afastou um pouco, ele sabe que essas palavras também servem para ele.
— Eu sei muito bem — disse Harry amargamente.
— Então pare! Todos vocês precisam parar de me irritar com essa bobagem repetitiva que todos já sabem onde vai dar — gritei levantando do sofá e andando de um lado para o outro no meio da sala. — Vocês me conhecem, sabem que não vão conseguir nada me pressionando, então por que continuam? Que droga!
— Hayley — murmurou Harry.
— Não, Harry, eu cansei. Você gosta do que a gente tem? Gosta do quão bem nós nos damos? Então deixa por isso mesmo, pra que mexer em time que está ganhando? Não pense tanto nos outros, quando estamos juntos somos só eu e você...
— O problema é que quando não somos só eu e você, eu fico imaginando você com eles, com todos eles! — gritou Harry do outro lado da linha. — Isso me deixa louco, me deixa puto da vida. Isso enlouquece a todos nós, só não a você, porque você é a única em nossas vidas, enquanto nós somos apenas mais um na sua!
— Pode repetir isso, por favor? — pedi colocando o telefone no viva-voz e o deixando em cima da mesinha de centro, Louis olhou curioso e desconfortável.
— Você é a única que não vê o quanto essa merda enfurece a todos nós, os caras com quem você sai, porque você é a única em nossas vidas, enquanto nós somos apenas mais um na sua — disse Harry, mais controlado dessa vez, mas ainda magoado.

Olhei para Louis, esperando alguma confirmação quanto ao que Harry havia dito, mas ele olhava para todo lado, menos para mim.


— É isso o que vocês sentem? — perguntei ao Louis.

— Sim — responderam ele e Harry em coro.
— E o que vocês querem que eu faça quanto a isso? — perguntei retoricamente. — Supondo que eu decidisse ficar só com um de vocês, o que aconteceria com os outros? Ficariam irritados comigo e isso eu não quero! Eu não sirvo para esse tipo de relacionamento, ou vocês me aceitam assim ou se mandam de uma vez por todas — esbravejei irritada, peguei o celular e desliguei o viva-voz, Louis me olhava de olhos arregalados, aqueles lindos olhos azuis. — Eu preciso desligar, Harry — falei de repente, sentindo meu estômago dar cambalhotas e cada músculo do meu corpo inclinar-se em direção a Louis, ele ergueu os ombros e reclinou-se no sofá, abrindo um sorriso travesso para mim.
— Não, droga Hayley, você não vai transar com esse cara justo agora. Hayley, eu conheço esse seu tom de voz, você não vai fazer isso comigo! Droga! — gritou Harry, afastei o celular do ouvido e o desliguei, Harry vai sobreviver.

Não é que eu seja má, ou que goste de torturar o Harry, mas Louis estava tão apetitoso sentado em meu sofá, me olhando com aqueles lindos olhos azuis arregalados e aquela barba por fazer em seu queixo, eu queria sentir aquela barba em meu corpo, queria sentir o pinicar ardente que ele me proporcionava e queria sentir seu beijo naquele momento.


— Você é louca, sabia? Estava tendo um D.R. com dois caras ao mesmo tempo, agora já vem pra mim assim, toda linda mesmo usando moletom e um suéter de ursinho — murmurou Louis, a voz rouca e sensual, do jeitinho que sempre fala quando ele fica excitado.

— Você que me deixa louca, como eu posso resistir? Você todo sensual com esses grandes olhos e essa barba por fazer, meu Deus, como você fica gostoso com a barba por fazer — sussurrei sentando em seu colo com um joelho de cada lado de sua cintura, sua calça já tinha um volume considerável.

Sem mais palavras, colei meus lábios aos de Louis e gemi em sua boca quando suas mãos tocaram minha cintura, me puxando para baixo, roçando no volume em sua calça.

A temperatura subira consideravelmente e era como se o ar crepitasse à nossa volta, nós éramos apenas mãos e lábios, nos tocando em qualquer canto possível, nos remexendo em busca da fricção maravilhosa que nossos corpos juntos proporcionavam.



James se mexeu no sofá e Louis e eu congelamos, olhando para ele e respirando ofegantes.


— Seu irmão, cacete! — sussurrou Louis. — Eu havia esquecido completamente.

— Shiiiu! — sussurrei e voltei a beijá-lo, Louis segurou em minhas duas coxas e nos ergueu do sofá, seguimos pelo corredor até o meu quarto, não precisávamos se quer abrir os olhos para ver o caminho, Louis já sabia percorrê-lo de olhos fechados e com a boca grudada a minha.

Louis deitou-me em minha cama e deitou-se sobre mim, já puxando meu suéter e o arremessando no chão e beijando o meu dorso até a minha barriga. Ele beijou com suavidade e paixão os pontos em minha barriga, e sussurrou algumas palavras que eu não consegui assimilar, mas que consegui entender que era algo enternecedor e apaixonante.



♂♀♂♀

O sol entrava pelas frestas da cortina e iluminava o quarto, Louis e eu estávamos lado a lado, cobertos apenas por um fino lençol, me virei de lado para apreciá-lo enquanto dormia profundamente. O queixo quadrado e bem delineado, os olhos fechados mas hipnotizantes, o nariz fino, a boca rosada e tão saborosa. Segurei em sua mão e ele moveu os dedos junto aos meus, ele está acordado!




— Bom dia — murmurei sonolenta, ele abriu um sorriso preguiçoso.

— Bom dia, querida.

Louis espreguiçou-se e olhou para o relógio na minha mesinha de cabeceira, em dois segundos ele estava de pé resmungando que estava atrasado e procurando suas calças embaixo a cama, o que me fez rir.


— Droga, droga! Eu tenho uma reunião em cinco minutos, que droga! — ele praguejou pulando ao vestir as calças.

— Quem manda dormir demais — provoquei divertida, ele parou um nanossegundo para me mandar uma careta, mas não resistiu e começou a rir também.
— Você é incrível, mas agora eu preciso ir — ele murmurou enfiando a carteira e o celular no bolso e vestindo a camisa. — Nos vemos depois, querida — ele se inclinou sobre mim e me deu um beijo, o abracei forte, o prendendo a mim por mais que um segundo.
— Tenha um bom dia, sr. Tomlinson — falei quando ele acenou e deixou o meu quarto.

Fiquei mais um longo tempo de preguiça na cama, até James adentrar meu quarto e se jogar ao meu lado, me abraçando e se aconchegando no meu pescoço, me fazendo cócegas.


— Bom dia, flor do dia — ele brincou —, a noite foi boa, em!

— Você nem imagina — ri e ele bufou.
— Sem detalhes, por favor. Eu vi vocês se pegando no sofá, tive que me mexer pra vocês se tocarem que eu estava lá, não é! — ele reclamou divertido.
— Se você não tivesse se mexido íamos nos divertir lá mesmo, eu adoro aquele sofá — murmurei pensativa, lembrando-me de todas as vezes em que Zayn, Louis ou Harry estiveram lá, Niall nem tanto, geralmente usamos o sofá da casa dele.
— Ah, chega. Não quero saber — resmungou meu irmão. — O que vamos fazer hoje? Eu sei que você não vai ficar de molho na cama o dia inteiro, apesar de ser recomendações do médico.
— Quer conhecer o bar do Zayn? — perguntei virando-me para encará-lo, ele arregalou ligeiramente os olhos e fez uma careta. — Ele esteve aqui, não é?
— Enquanto você e o seu amigo se divertiam barulhosamente aqui no quarto — concordou James, franzindo a testa.
— Ele deve estar furioso — gemi já imaginando a tempestade que ele vai fazer por causa disso.
— Eu pensei que ele soubesse que você não é exclusiva de ninguém — disse James, sorrindo perversamente.
— Ele sabe, mas não quer aceitar.
— Vamos no bar daquele garoto, então. Eu quero conhecer o lugar e beber um pouco por você, já que você não pode fazer isso — ele riu.
— Eu agradeceria se você tomasse um porre por mim. Eu sempre faço isso quando transo com alguém e depois tenho que ver o Zayn — olhei para o teto e bufei.
— Por que não termina com ele, se isso te incomoda tanto? — perguntou James, o encarei receosa.
— Porque eu gosto dele. Ele é um cara legal, faz o meu tipo e, meu Deus, é muito bem dotado — suspirei revirando os olhos de contentamento, James se afastou de mim com uma careta, me fazendo rir.
— Vai se vestir, garota. Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra!

James saltou da minha cama e saiu do meu quarto, eu peguei minha toalha e fui ao banheiro antes que meu irmão decidisse usá-lo. Tomei um banho quente, em seguida me sequei e passei um pouco de álcool 70 nos meus pontos, ao acabar escovei os dentes, voltei para o meu quarto e me vesti.

Ao chegar à sala, James estava tomando uma xícara de chá enquanto mexia no celular, ao me ver ele colocou a xícara na pia e guardou o celular no bolso.

— Vamos colar os pedacinhos do coração partido daquele pobre garoto — brincou James, abrindo a porta e me deixando passar na frente, mandei língua para ele e corri para segurar o elevador. 


Grant, o rapaz que trabalha na Starbucks, estava no elevador, ele é o meu vizinho do andar de cima. Ele vestia calça jeans e uma camisa, ambos pretos, era o seu uniforme de trabalho. Ele abriu um sorriso de flerte ao ver-me segurar a porta, James entrou no elevador e eu também, Grant esperou as portas se fecharem antes de falar alguma coisa.

— Café hoje, meu bem? — ele perguntou me lançando aquele olhar charmoso.



3 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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