sábado, 25 de março de 2017

"Isso torna seus lábios, tão beijáveis
E seu beijo, imperdível
Seus dedos, tão tocáveis
E seus olhos, irresistíveis..."
– Irresistible (One Direction)



A casa parecia mais silenciosa que o normal quando acordei de manhã. A sala de tv – onde eu havia dormido novamente – estava no mais perfeito silêncio, a tv estava desligada e eu estava sozinha deitada sobre as almofadas e o colchão de casal que os rapazes colocaram no chão para dividirmos.
Me espreguicei demoradamente e fiquei longos minutos de preguiça embaixo do edredom, até criar coragem para me esticar e pegar o controle, liguei a tv para colocar no noticiário da manhã e tentei assistir, mas logo perdi o interesse e me levantei.
Procurei no primeiro andar inteiro e não encontrei ninguém, então decidi visitar Diana na cozinha, ela estava lavando a louça do café da manhã e já estava preparando o almoço, apesar de Liam não comer conosco e Harry e eu estarmos comendo fora a maior parte da semana, mas hoje acho que vamos ficar em casa e prestigiar a comida de Diana, ela sorriu ao me notar e me mandou sentar e eu obedeci prontamente.

– Bom dia, Diana – cumprimentei ainda com a voz arrastada de sono, ela sorriu.
– Bom dia, querida, dormiu bem?
– Uhum, muito bem. É incrível como aquele colchão é confortável, mesmo com dois tanques de guerra roncando em cada ouvido meu – brinquei e ela riu.
– Ah, eu não sei como vocês aguentam dormir naquele colchão, no chão, no frio e no aperto daquela sala de tv, sendo que cada um têm quartos grandes, confortáveis e camas enormes. Juro que um dia ainda descubro como conseguem – ela disse risonha, assenti, mas ela não entende o quanto é confortável dormir no meio daqueles dois. É aconchegante e quente. Eu adoro.
– Eu não sei, nós adoramos conversar até tarde e assistir, então nem ao menos notamos o desconforto – dei de ombros e sorri sem jeito.
– Eu entendo. Harry está tão mais animado desde que vocês chegaram, é adorável. Ele acorda sorrindo e cantarolando, cada vez que o vejo ele está sorrindo de orelha a orelha, ele não está mais tão sozinho desde que estão aqui. Só o vejo feliz assim quando sua irmã ou a senhora Anne vem visitá-lo.
– É, ele fica trancado nessa mansão sozinho enquanto todos sentem tanto a falta dele lá em Londres, eu não o entendo. Mas é muito bom estar aqui, eu estava sentindo tanta a falta dele – murmurei pensativa, Diana tentou esconder um sorrisinho maroto e eu entendi bem a indireta, é como se ela quisesse gritar aos quatro ventos que sabia bem o quanto eu sentia falta dele, já que eu estava montada em seu colo na sala de tv, beijando-o como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. Senti minhas bochechas corarem de vergonha e mudei de assunto imediatamente.
– Então, Diana. Por onde andam os homens dessa casa, afinal?
– O Sr. Payne foi para a gravadora e voltará para o jantar, e o Harry foi com ele, mas acho que volta para almoçar, ele disse que não quer deixá-la sozinha por muito tempo, mas também não queria acordá-la cedo – disse Diana e eu assenti. Ela encheu uma xícara com água quente e me entregou, coloquei um saquinho de chá Twinnings dentro e esperei o chá se dissolver, colorindo a água de marrom.
– Bem, então o que posso fazer se não esperar? – murmurei e bufei, Diana riu.


Adocei meu chá e o tomei devagar enquanto me perdia em pensamentos. Conversei por mensagem com Zayn e também conversei um pouco com Diana, a ajudei a preparar o almoço e estava quase desistindo de esperar por Harry quando ouvimos a porta da frente fechar ruidosamente.

I think I'm gonna lose my mind, something deep inside me, I can't give up. I think I'm gonna lose my mind... – ouvimos Harry cantarolar docemente, a voz parecia se aproximar cada vez mais e meu coração começou a palpitar fortemente no peito, não contive um sorriso ao ouvi-lo cantar distraidamente a música Fireproof, uma das minhas preferidas da banda. – I think I'm gonna lose my mind, I roll and I roll till I'm out of luck, Yeah I roll and I roll till I'm out of luck.

Sem ao menos notar, Diana e eu estávamos sorrindo uma para outra, feito bobas, enquanto ele cantarolava a música.
Ele chegou na porta da cozinha no instante em que começou o refrão, ele caminhou até mim ainda cantando e me tomou em seus braços, me abraçando e me fazendo girar pela cozinha, numa dança desajeitada ao som de sua voz.

'Cause nobody knows you baby the way I do – ele cantou afinadamente. – And nobody loves you baby the way I do – ele juntou nossos rostos e sua testa tocou a minha enquanto ele cantava para mim, com os olhos fixos nos meus. – It's been so long, Maybe you were fireproof, 'Cause nobody saves me baby the way you do – Harry finalizou e então me beijou apaixonadamente, me fazendo derreter em seus braços. Ouvimos os aplausos alegres de Diana e nos separamos.

Harry fez uma reverência exagerada para ela e voltou a me abraçar, eu o apertei entre os meus braço e enfiei o nariz no seu pescoço, inalando seu cheiro maravilhoso.

– Bom dia, querida. Sentiu a minha falta? – ele perguntou, sua voz grossa e melodiosa em meu ouvido.
– Mais do que eu esperava, pra falar a verdade – murmurei e ele riu.
– Que ótimo, isso é um boa notícia – ele disse animado e me beijou mais uma vez.
– O que vamos fazer hoje? – perguntei quando ele me soltou para se aproximar de Diana, ele deu-lhe um beijo na bochecha e espiou dentro das panelas.
– Eu não sei, o que quer fazer? Estou livre o dia inteiro. Podemos sair depois de comer esse delicioso ensopado de carne – ele disse abrindo um gigantesco sorriso ao encontrar a panela com o ensopado muito cheiroso que Diana estava fazendo, ela riu. – Ah, não, espere. Temos que acompanhar Liam às 7 ao aeroporto – Harry virou-se para mim, como se tivesse acabado de lembrar de algo.
– Ah é? Quem está chegando? – perguntei receosa, temendo ouvir o nome da noiva de Liam.
– Cheryl, ela está vindo a negócios e pediu para ficar aqui conosco, não pude negar – ele deu de ombros, como se estivesse se desculpando, neguei com a cabeça e soltei uma suspiro resignado.
– Deus nos ajude! – resmunguei e ele riu. – Preciso arranjar o que fazer imediatamente, não posso arriscar ficar de bobeira enquanto ela também estiver aqui.
– Não se preocupe, ela virá a trabalho, não ficará vagando pela casa afim de importuná-la, meu bem – ele disse, caminhando até mim e me abraçando. – Mas se quiser, eu terei que começar a ir à gravadora regularmente. Estou promovendo uma nova banda e vou precisar ficar mais perto de todo o negócio. Você pode me acompanhar, vai ser divertido, vou apresentá-la aos caras e você ouvirá uma boa música e conhecerá pessoas legais, vai se distrair.
– Parece uma boa ideia – falei ficando na ponta dos pés –, eu topo! – concordei e lhe dei um selinho, ele sorriu e eu o beijei de novo.

Harry me levou para passear na praia em Malibu depois do almoço, nós tomamos sol, nadamos, tiramos fotos, nos divertidos a tarde inteira e no final da tarde nós voltamos para casa para nos arrumarmos para ir buscar a Cruella De Vil no aeroporto. Deus me perdoe, mas aquela mulher me lembra muito a Cruella De Vil, dos 101 Dálmatas, ela é toda magra, alta, e tem aquele olhar tenebroso de que adoraria maltratar alguns filhotinhos de cachorros.
Eu tomei um bom e relaxante banho gelado, para tirar o sal da praia, então vesti uma roupa que me fizesse sentir poderosa e gata, não estava nervosa, imagina, eu apenas queria estar apresentável diante da rainha do gelo. Cheryl sempre parece estar acima de nós, meras mortais, seus olhos gélidos me olham de cima abaixo quando me vê e isso me irrita profundamente. Desta vez, pelos menos, terei Harry ao meu lado, então acho que irei segurar a barra tranquilamente.
Bati duas vezes na porta antes de receber o convite para entrar no quarto de Harry. Ele estava em frente ao espelho de corpo inteiro e abotoava o cinto da calça jeans, estava sem camisa e eu pude ter a bela visão de seu peitoral tatuado e largo no espelho, fiquei alguns longos segundos admirando-o enquanto ele sorria para o meu reflexo atrás dele no espelho. Um lindo sorriso, cheio de dentes brancos perfeitamente alinhados e contornados por lábios finos e rosados que me dava vontade de morder e chupar a cada vez que o via sorrir.
Harry virou-se de frente para mim e abriu os braços para me receber, envolvi meus braços ao redor de seu pescoço e fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, juntei nossos lábios lentamente em um selinho rápido e estalado, então mordisquei seu lábio docemente, sugando-o de mansinho logo em seguida, ele sorriu e seu lábio escapou de meus dentes.

– Hummm, isso é covardia – ele sussurrou, agarrando o lóbulo da minha orelha com os dentes e chupando com força, me fazendo arrepiar.
– Tenha misericórdia – murmurei revirando os olhos, fazendo-o rir.
– Preciso terminar de me vestir – ele disse, de olhos fechados e suspirando quando meus lábios chegaram ao seu pescoço cheiroso e liso.
– E que tal terminar de se despir? – perguntei inocentemente, levantando os olhos para encará-lo, ele riu e me pegou no colo, entrelacei minhas pernas em sua cintura e o apertei entre minhas coxas, enquanto suas mãos desciam até a minha bunda para me sustentar.
– Você só está propondo isso porque sabe que temos um compromisso! – ele falou entre dentes, colando sua boca na minha.
– Você não sabe de nada – brinquei, rindo quando ele mordeu meu pescoço.

Harry me colocou no chão, mas continuou com os braços ao meu redor e os lábios exigentes colados nos meus, meus dedos estavam em seus cabelos curtos, acariciando e puxando levemente os fios sedosos.
Foi quando ouvimos a porta do quarto ser aberta e, antes que pudéssemos nos desvencilhar um do outro, Liam entrou chamando Harry e parando de falar no meio da frase, chocado com a visão de nós dois.

– Harry, você... – ele olhou para nós dois, em seguida olhou para fora do quarto, como se estivesse pensando em sair e fingir que não viu nada, mas voltou a olhar para nós com uma expressão séria e nada amigável. – Que porra é essa?
– E aí, mano? Pensei que a gente iria te buscar na gravadora, chegou cedo – disse Harry tranquilamente, ainda me abraçando.
– É, cheguei – disse Liam secamente. – Vou tomar um banho, saímos em dez minutos.


Ao dizer isso, Liam saiu do quarto e bateu a porta com força, me lançando um último olhar fuzilante.




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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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