segunda-feira, 30 de junho de 2014
"Mas eu vou dar uma chance a nós
- You're My Only Shorty (Demi Lovato ft. Iyaz)
- O que estão fazendo aí? Por que não saíram ainda? -perguntou Lerie.
- Resolvemos tomar um chá, Valerie, que acha da ideia? Quer se juntar a nós? -perguntei irônica e ela reprimiu uma risada.
- Quem tem a chave da porta? -perguntou Harry.
- O Ray, ele deve estar no dormitório masculino, Keaton Hall, quanto 56, 2º andar. -respondeu Liam, rapidamente.
- Eu vou buscar, fica aqui com eles, Lerie. -falou autoritário e Lerie pulou em protesto.
- Nem pensar, eles dois estão seguros lá dentro, eu que não vou ficar sozinha aqui fora nessa escuridão, vou com você. -respondeu esganiçada.
Harry saiu bufando e a Lerie foi atrás dele saltitante, eu estava na ponta dos pés, os olhando pela janelinha e Liam se largou no chão novamente.
Olhei em volta e decidi andar um pouco, para esticar as pernas, me afastei uns 2 metros e Liam já estava ao meu lado, segurando meus sapatos e minha jaqueta.
Ele franziu a testa mas continuou me seguindo pelo corredor escuro que dava acesso as primeiras salas de aula.
- Esse lugar parece tão assombrado. -comentou me seguindo de perto.
- Está com medo, Payne? -provoquei ele, que apenas riu.
- Não, só estou tentando te assustar, para que você pule nos meus braços com medo. -respondeu prepotente.
- Você vai cansar de contar historinhas, não me assusto facilmente. -respondi sorrindo e ele deu de ombros, escondendo um sorriso de satisfação.
O fim do corredor se aproximou, o prédio era iluminado somente pela luz da lua que entrava pelas janelas das salas de aula, fizemos o caminho de volta e encontramos Harry tentando destrancar a porta com o tal Ray, o locutor da luta, e Lerie, que pulava de felicidade ao seu lado, acho que Lerie pensa que rolou algo enquanto Liam e eu estivemos sozinhos, vou ter que decepcioná-la.
Liam abriu a minha jaqueta e insistiu que eu a vestisse, peguei meus sapatos das mãos dele, mas não os calcei, meu pé ainda lateja pela quase torção durante a corrida pela escadaria.
Aguardamos pacientemente enquanto Harry forçava a pesada porta de metal para abri-la, Liam colocou a mão no fim das minhas costas e senti meus pelos se eriçarem, puxei o casaco contra meu corpo, afim de demonstrar frio, mas é somente o toque dele que me deixa estranhamente tímida.
Harry deixou a porta aberta e Liam e eu passamos por ela, encontrando uma linda e fresca noite de Junho.
- Ah, você está bem? -perguntou Lerie me abraçando, dramática como sempre.
- Estou ótima, não se preocupe. -falei gentilmente, mas por dentro estava amaldiçoando ela por ter feito Liam se afastar de mim.
- Vamos embora, ainda temos que arrumar as malas, dia 1º está chegando, querida. -começou Lerie, novamente se lembrando das férias.
- Espera, Kat, espera um pouco. -pediu Liam, levemente atordoado, Lerie me soltou e o encarou.
- Pode falar. -encorajei ele.
- Você vai... na festa à fantasia de despedida? -perguntou timidamente, passando a mão pela nuca.
- Ah, é verdade, ainda temos que comprar as fantasias. -berrou Lerie, me fazendo rir.
- Acho que isso responde a sua pergunta. -ele assentiu sorrindo e me deu um breve abraço.
- Nos vemos no sábado então, ou amanhã durante as aulas, não sei direito. -falou dando de ombros.
- Tudo bem, até mais.
Liam colocou as mãos no bolso e se distanciou com Harry ao seu lado, Harry apenas me deu um beijo na testa antes de segui-lo, agradeci mentalmente por ele não ter me abraçado como de costume.
- Nós vamos no dia 1º, correto? -perguntou Lerie.
- Sim, dia 1º. -concordei e começamos a caminhar de volta ao Halley Hall.
- Temos que procurar fantasias amanhã, pode me acompanhar ao shopping?
- É claro, mas amanhã ainda é quarta.
- E daí? A semana vai passar voando, melhor comprar antes que seja tarde. -falou animada encaixando o braço no meu.
- Tem algo em mente?
- Sim, acho que Louis quer se fantasiar de SuperMan, então vou ver se consigo uma fantasia da Mulher Maravilha.
- Ou você pode ir de SuperGirl. Você e seus cabelos loiros ficariam demais naquela fantasia. -falei distraidamente e ela explodiu de felicidade.
- É verdade, eu nem tinha pensado nisso, mas o que você tem em mente?
- Eu ainda não sei, estava vendo o filme João e Maria(Hansel and Gretel): Caçadores de Bruxas e imaginei que seria legal me fantasiar de Gretel.
- Sim, o Harry pode ser o Hansel. -respondeu ela distraidamente.
- Vou falar com ele.
Lerie continuou falando até chegarmos no segundo andar do Halley Hall, ela entrou no quarto dela e me mandou um beijo no ar, sorri e fui até o fim do corredor, entrei no banheiro e lavei o rosto, prendi o cabelo em um coque e voltei para o meu quarto.
Deixei minha jaqueta na cama e os saltos no chão, peguei minha toalha e um saquinho com shampoo, condicionador e sabonete, voltei pro banheiro e tomei um banho bem demorado, cenas de quando Liam e eu ficamos sozinhos me passavam pela cabeça, até que ele não é um verme tão desprezível assim.
Envolvi a toalha em volta do meu corpo e voltei para o meu quarto, nenhum sinal de Jenny, me joguei na cama e rapidamente apaguei, nem ao menos vesti um pijama.
|♫|♫|♫|
Como Lerie havia dito, a semana voou.
Vi Liam poucas vezes durante a semana, mas toda vez que me via ele se certificava de que eu iria a festa de despedida e toda vez eu confirmava.
No sábado comecei a me preparar cedo, não escolhi a fantasia de Gretel e sim uma bem diferente que eu não sei do que é, quem escolheu minha fantasia foi Lerie.
Terminei de abotoar meu sobretudo, que ficou exageradamente curto, mas que Lerie me obrigou a usar, e por fim me olhei no espelho, estou muito sexy.
No corredor estavam Louis e Lerie, Harry e Niall, me esperando, senti uma imensa vergonha ao olhar a cara de espanto dos rapazes, senti os olhares fixos em mim e tentei cobrir meu rosto com o capuz.
Olhei de cabeça erguida para eles, tentei disfarçar meu nervosismo enquanto encarava todos eles, Louis e Lerie de Superman e Supergil, Harry estava vestido de mágico e a rosa em sua mão era magnífica, Niall estava fantasiado de Capitão Jack Sparrow, todos lindos e eu nem ao menos sei do que estou fantasiada, acho que estou mais para uma gótica sexy, é, deve ser isso.
- Caramba, Kat, está melhor do que eu imaginei. -comentou Lerie, com o queixo caído.
- Sinto que está faltando pano, parece que estou nua, me sinto uma prostituta. -murmurei sentindo meu rosto queimar.
- Não seja ridícula. -esbravejou ela.
- Não seja ridícula. -esbravejou ela.
- Está sexy, muito gata, está incrível, Kat, não pense assim, fique tranquila. -falou Niall, sorrindo e estendendo a mão para mim, segurei a mão dele e o mesmo me fez girar.
- Tem certeza? -perguntei e olhei para Harry, ele estava paralisado com a boca aberta, observando minhas pernas, meu torso ate chegar ao meu rosto.
- Vamos nessa, Kat, é melhor sairmos logo daqui antes que esses dois tarados te ataquem. -murmurou Louis, impaciente.
Seguimos Louis escada abaixo e entramos no carro, me senti desconfortável com as repetidas olhadelas que Harry me lançava, eu sei que essa roupa está muito curta, está mostrando demais, mas eu gostei dela.
Chegando na festa a primeira coisa que notei foi um rapaz vestido de Batman no jardim, ele estava fumando, reconheci-o logo de cara, era o Liam, ele estava sem o capacete e seus lábios tremiam levemente por causa do frio.
Senti minhas pernas formigarem ao sair do carro e o vento frio bater nas partes nuas de meu corpo, olhei para o Batman e ele estava prestando atenção em nós, coloquei o capuz e caminhei ao lado de Harry até alcançarmos o Liam.
Quando chegamos mais perto sua boca estava entreaberta e o cigarro estava pendurado em seus dedos, balançando levemente, dando sinal de que iria cair em breve.
- Uau, meu Deus, Kat você está... está... -ele não completou a frase, apenas dirigiu o olhar por todo o meu corpo novamente.
- Obrigada? -falei em tom de dúvida, não sei ele me elogiou ou não.
- Desculpe, você está incrível, muito linda. -completou, os olhos ainda grudados em mim.
- Obrigada. -agradeci envergonhada, corando levemente.
Louis e Lerie não nos esperaram, saíram puxando Niall e Harry para dentro, me deixando sozinha com Liam, encarei o cigarro a caminho de seus lábios e o tirei de seus dedos, ele me olhou duvidoso.
Com nojo joguei o cigarro no chão e pisei em cima apagando as brasas, ele riu e continuou me encarando com um brilho sedutor em seus olhos.
- Não gosta de cigarro? -perguntou sorridente.
- Não, nem um pouco, detesto cigarros. -respondi imediatamente, fazendo-o rir mais ainda.
- Engraçado, estou começando a detestar também. -falou sorrateiro, sua voz sedutora combinando com seu sorriso sacana.
- Assim fica melhor, você não estraga o seu pulmão e nem o meu.
Liam gargalhou e me encarou divertido, ele esticou o braço e eu o segurei de bom grado, seguimos para dentro da casa de uma das fraternidades, Sigma Tau, onde estava acontecendo a festa.
Assim que entramos eu pude ver a bagunça, várias pessoas estavam na pista de dança com bebidas nas mãos, avistei Jenny com o namorado, ele faz parte da fraternidade que está dando a festa, Louis também é da Sig Tau, assim como Niall e Harry, acho que até Zayn, amigo do Liam, também é dessa fraternidade, meu sangue gelou só de pensar em encontrá-lo aqui.
Liam deslizou a mão até encontrar a minha e entrelaçou nossos dedos, me puxando para segui-lo ele caminhou até a cozinha, ele abriu a geladeira e pegou duas cervejas, me passou uma e teve que soltar minha mão para abrir as duas.
Ficamos olhando em volta por um longo tempo, até que eu percebi que somente eu estava olhando para a bagunça, ele estava olhando fixamente para mim, decidi jogar seu jogo e nivelei nossos olhares, o encarando demoradamente, até que ele riu.
- O que foi? -perguntei aproximando minha boca de seu ouvido, por causa do som alto.
- Seus olhos. -falou se aproximando de mim- Eles são lindos. -completou em seguida.
- Obrigada. -agradeci depois de bufar.
- Não acredita em mim? -perguntou com um ar levemente magoado.
- Sim, acredito que está me elogiando e quer algo em troca, diga-me, o que quer de mim? -ele riu novamente.
- Quero apenas que feche essa sua boca, que insiste em me maltratar, e dance comigo. -falou brincalhão e estendeu a mão para mim.
- Dançar? Eu não sei dançar.
- Mas eu sei. -falou decidido e tomou minha mão, me puxando para a pista de dança.
Deixei a garrafa de cerveja cair em algum lugar e o segui tropeçando, estava tocando uma música agitada, mas ele passou o braço pela minha cintura e me puxou para perto de seu corpo, com o braço ainda em minha cintura ele começou a mover o corpo, me fazendo mover a cintura junto com ele, o ritmo estava nos ajudando e logo eu nem me lembrava mais de que não sabia dançar, apenas segui ele e deixei que ele me conduzisse.
O pouco espaço que ocupávamos era o bastante para me manter bem perto dele, eu não quero que a música acabe, seu corpo se movendo colado ao meu é uma sensação maravilhosa, ele me girou e logo me trouxe de volta para colar seu corpo no meu, ele dança muito bem.
Umas duas músicas depois e o DJ optou por uma música lenta, Liam não aparentou querer sair da pista de dança agora, ele simplesmente me apertou mais forte em seus braços e diminuiu o ritmo.
Repousei minha cabeça em seu ombro e deixei que toda a adrenalina das músicas agitadas se esvaíssem, seu ombro macio estava me dando um conforto inexplicável, eu poderia ficar assim para sempre.
Ele se separou de mim o suficiente para tocar meu rosto, pressenti o que se passava em sua mente, não vou beijá-lo, ou melhor, não vou beijá-lo aqui, no meio de tanta gente, não mesmo.
Mas seu toque era tão carinhoso e gentil, tive que reunir forças o bastante para me afastar, suas pupilas dilataram com a surpresa de me ver recuar, ele pegou minha mão e me guiou de volta para a cozinha, onde me sentei em um banco e esperei ele me entregar outra garrafa de cerveja.
- Tudo bem, o que houve? -perguntou gentilmente após beber um gole.
- Não vou beijar você na frente de toda essa gente, por favor Liam, eu não sou uma de suas mil vadias, não quero que pensem isso de mim. -desabafei evitando o seu olhar.
- Você não é uma das minhas mil vadias. -falou e fez uma careta em seguida- Você não é uma vadia e nem é minha, não sabe o quanto eu queria mudar isso, amor.
- Não me chame assim, tá bom? -falei contendo a súbita raiva que me tomou.
Liam assentiu com a cabeça tristemente e bebeu mais um gole de sua garrafa.
Senti meu coração se comprimir com a reação que ele teve, ele ficou de repente murcho e calado, arrisco em dizer que ficou até triste ou desapontado, não sei bem com o quê.
- Eu te chamo como, então? -perguntou de repente, ainda com o olhar desfocado, pensativo.
- Eu não sei, como quiser, só não me chame de amor, eu não sou seu amor e você sabe bem disso. -retruquei mais calma.
- Tudo bem, Flor.
- Flor? -perguntei intrigada, um pequeno sorriso se abriu em seus lábios.
- Sim, você é a única Flor que eu encontrei em meio a tantos Espinhos. -falou e olhou para mim, o sorriso se estendendo pelo seus lábios, me fazendo sorrir também.
- Tudo bem, me convenceu, pode me chamar de Flor. -falei relutante e ele riu.
- Obrigado! Posso te beijar agora, Flor? -perguntou brincalhão me fazendo rir.
- Não seja bobo. -murmurei, lhe dando um tapinha no ombro e bebendo o último gole da minha cerveja.
- Mais uma? -perguntou educado.
- Eu diria que está querendo me embebedar, Sr. Payne. -ele riu e me entregou outra.
- Seria muito bom pra mim, Srta. Phelps.
- Que coisa feia, Payne, vai se aproveitar de uma garota bêbada? -perguntei bebendo minha cerveja.
- Longe de mim, Phelps, vou apenas desfrutar de sua inocência desinibida. -ele ergueu a mão com a cerveja, propondo um brinde- À belas garotas bêbadas com bocas insultantes e muito beijáveis. -falou, aparentemente instável pela bebida.
- Tim-tim, Sr. Payne. -falei rindo.
Liam bebeu o restante de sua cerveja e abriu a geladeira para pegar outra, beberiquei a minha lentamente, evitando bebê-la rapidamente, preciso manter as rédias curtas ou pagarei de vadia de Liam Payne nessa festa, porque ele é irresistível demais para mim.
Depois de mais 4 cervejas e muitas besteiras ditas, Lerie e Louis se aproximaram de nós dois, Lerie já estava alterada pelo álcool e Louis estava abraçando-a pela cintura, mantendo ela em pé.
Louis colocou Lerie sentada na cadeira vaga ao meu lado e respirou fundo, contendo a frustração por Lerie estar bêbada, isso raramente acontece.
- Kat, minha linda, Harry está furioso com você. -tagarelou Lerie, alegremente.
- E por quê? -perguntei bebendo mais um gole da minha sexta cerveja.
- Por causa do seu lance com o senhor gostoso ali. -falou apontando para Liam e caindo na gargalhada, Louis fez uma careta de reprovação.
- Comporte-se Lerie. -resmungou ele, mal-humorado.
- Não tem nenhum lance entre Liam e eu. -esclareci me divertindo com seu estado.
- Não é o que parece, vamos embora, amor? Estou cansada. -falou bocejando.
- Sim, é melhor irmos, você vem, Kat? -perguntou Louis, ajudando Lerie a se levantar.
- Eu...
- Eu levo ela. -me interrompeu Liam.
- Nesse estado? Você já bebeu mais de 10 cervejas, Liam, é melhor irmos nós dois com o Louis, vocês não dividem o apartamento?
- Você vai dormir comigo? -perguntou Liam, fazendo um biquinho.
- É claro que não, que ideia, Liam. -falei desdenhosa, ele riu antes de bufar.
- Então vamos, primo, você é o motorista da noite.
- Vamos, Lerie, comigo amor, não durma ainda. -falou a arrastando pelo meio da multidão.
Liam pegou minha mão e com a outra segurava sua última cerveja, ele me guiou pela multidão que ainda dançava alegremente no meio da sala.
O carro estava estacionado em frente a casa, junto de vários outros, Louis apertou o alarme e destrancou o carro, com cuidado ele colocou Lerie no banco da frente e colocou o cinto de segurança nela, em seguida ele deu a volta no carro e se sentou no banco do motorista.
Liam me puxou pela cintura e me prendeu contra a porta do carro, tentei me soltar, mas estava me divertindo com a situação, sua boca estava em meu pescoço e ele estava me beijando delicadamente, enquanto gemia, murmurando algumas coisas.
- Ah Flor, sua pele é tão macia. -murmurou beijando meu pescoço.
- Vamos entrar no carro, Liam, por favor. -pedi tentando empurrá-lo, mas ele permaneceu imóvel, me beijando o pescoço.
- Por que não me beija? Me deixa te beijar agora, Flor? Você deixa? Não tem ninguém olhando, você não precisa se preocupar com isso. -falou com a voz embriagada.
- Liam eu não vou te beijar.
- Então deixa eu te beijar. -afirmou subindo os beijos pelo meu queixo, enquanto eu lutava para afastá-lo, Louis estava aguardando pacientemente.
- Não, você está bêbado, pelo amor de Deus, pare com isso Liam. -falei irritada e ele parou e me olhou atentamente.
- Se eu não estivesse bêbado você me beijaria? -perguntou, repentinamente interessado.
- Eu poderia considerar essa possibilidade.
- Ah Flor, caramba, você me mata, sabia? -resmungou incrédulo- Por que não me deixa te beijar logo? Sabe o quanto eu tenho ansiado essa festa? Sabe o quanto venho querendo ter um momento a sós com você?
- Uma semana? -murmurei, segurando um riso inapropriado.
- Quase um ano. -falou sério o bastante para me fazer engasgar e o encarar incrédula.
- Você espera que eu acredite? -perguntei assustada.
- Não estou pedindo que acredite, apenas se lembre que os únicos que falam a verdade são as crianças, os bêbados e as pessoas com raiva. -murmurou e depositou um beijo cálido em meu queixo- E no momento eu sou o bêbado e a pessoa com raiva.
Ele se afastou e quando saí de frente da porta ele a abriu e me deixou entrar primeiro, me sentei no banco ainda em choque, fiquei embasbacada com essa confissão, Louis ligou o carro e o barulho do motor me fez acordar, Lerie dormia tranquilamente no banco da frente e Liam estava ao meu lado, ele deitou a cabeça no meu ombro e suspirou pesadamente.
O álcool começou a fazer efeito quando estávamos chegando ao apartamento dos rapazes, eu esperava que Louis nos deixasse no Halley Hall, mas percebi que esses não eram seus planos quando ele parou o carro no estacionamento do prédio onde ele e o primo dividem um apartamento.
Liam já estava dormindo profundamente apoiado em meu ombro, Louis saiu do carro e foi até a outra porta para tirar o cinto de segurança da Lerie e acordá-la, quando ele finalmente conseguiu ele me jogou as chaves do carro e ajudou ela a sair do mesmo.
- Acorde o Liam, aperte o alarme quando saírem do carro, ele vai te mostrar onde moramos. -falou enquanto se esforçava para manter Lerie acordada- eu vou levar ela pra cama.
- Tudo bem, obrigada.
Louis seguiu para dentro do prédio levando consigo Lerie, ao passar pela porta de entrada ele a levantou nos braços e pude ver de relance ele subir as escadas.
Me virei para Liam e o cutuquei, ele nem se mexeu, o cutuquei novamente e chamei seu nome, ele gemeu e murmurou algo incompreensível.
- Liam, acorde! -gritei o balançando e ele abriu os olhos lentamente.
- Chegamos?
- Sim, vamos subir. -falei abrindo a porta do carro.
Liam tropeçou ao sair do carro, mas conseguiu se manter de pé, apertei o alarme como Louis mandou e Liam passou o braço pela minha cintura, me guiando para dentro do prédio, ele estava calado e sonolento, mas sua mão apertava minha cintura, me mantendo perto dele.
Liam parou em frente à uma porta no primeiro andar e a abriu, entramos e encarei um apartamento limpo, arrumado e bem decorado, muito diferente do que imaginei ser a casa de Louis e Liam.
Liam tirou a camisa e a jogou no ombro, tirei meus saltos, que estavam me incomodando, e me sentei no único sofá que tinha na sala, ele estava acompanhado de duas poltronas reclináveis.
Liam se apoiou no encosto do sofá e me olhou interrogativo.
- Você não vem? -perguntou docemente.
- Pra onde?
- Pro quarto, você não acha que vou deixar você dormir nesse sofá, não é?
- O que tem demais em dormir no sofá? Eu gosto, não vejo problemas nisso.
- Ah vamos lá, Flor, não vou tocar em você, se quiser até durmo no chão, mas, por favor, não me peça pra dormir nessa porcaria. -falou impaciente.
- O que tem demais com o sofá? -perguntei intrigada e ele fez uma careta.
- Desculpe, você está incrível, muito linda. -completou, os olhos ainda grudados em mim.
- Obrigada. -agradeci envergonhada, corando levemente.
Louis e Lerie não nos esperaram, saíram puxando Niall e Harry para dentro, me deixando sozinha com Liam, encarei o cigarro a caminho de seus lábios e o tirei de seus dedos, ele me olhou duvidoso.
Com nojo joguei o cigarro no chão e pisei em cima apagando as brasas, ele riu e continuou me encarando com um brilho sedutor em seus olhos.
- Não gosta de cigarro? -perguntou sorridente.
- Não, nem um pouco, detesto cigarros. -respondi imediatamente, fazendo-o rir mais ainda.
- Engraçado, estou começando a detestar também. -falou sorrateiro, sua voz sedutora combinando com seu sorriso sacana.
- Assim fica melhor, você não estraga o seu pulmão e nem o meu.
Liam gargalhou e me encarou divertido, ele esticou o braço e eu o segurei de bom grado, seguimos para dentro da casa de uma das fraternidades, Sigma Tau, onde estava acontecendo a festa.
Assim que entramos eu pude ver a bagunça, várias pessoas estavam na pista de dança com bebidas nas mãos, avistei Jenny com o namorado, ele faz parte da fraternidade que está dando a festa, Louis também é da Sig Tau, assim como Niall e Harry, acho que até Zayn, amigo do Liam, também é dessa fraternidade, meu sangue gelou só de pensar em encontrá-lo aqui.
Liam deslizou a mão até encontrar a minha e entrelaçou nossos dedos, me puxando para segui-lo ele caminhou até a cozinha, ele abriu a geladeira e pegou duas cervejas, me passou uma e teve que soltar minha mão para abrir as duas.
Ficamos olhando em volta por um longo tempo, até que eu percebi que somente eu estava olhando para a bagunça, ele estava olhando fixamente para mim, decidi jogar seu jogo e nivelei nossos olhares, o encarando demoradamente, até que ele riu.
- O que foi? -perguntei aproximando minha boca de seu ouvido, por causa do som alto.
- Seus olhos. -falou se aproximando de mim- Eles são lindos. -completou em seguida.
- Obrigada. -agradeci depois de bufar.
- Não acredita em mim? -perguntou com um ar levemente magoado.
- Sim, acredito que está me elogiando e quer algo em troca, diga-me, o que quer de mim? -ele riu novamente.
- Quero apenas que feche essa sua boca, que insiste em me maltratar, e dance comigo. -falou brincalhão e estendeu a mão para mim.
- Dançar? Eu não sei dançar.
- Mas eu sei. -falou decidido e tomou minha mão, me puxando para a pista de dança.
Deixei a garrafa de cerveja cair em algum lugar e o segui tropeçando, estava tocando uma música agitada, mas ele passou o braço pela minha cintura e me puxou para perto de seu corpo, com o braço ainda em minha cintura ele começou a mover o corpo, me fazendo mover a cintura junto com ele, o ritmo estava nos ajudando e logo eu nem me lembrava mais de que não sabia dançar, apenas segui ele e deixei que ele me conduzisse.
O pouco espaço que ocupávamos era o bastante para me manter bem perto dele, eu não quero que a música acabe, seu corpo se movendo colado ao meu é uma sensação maravilhosa, ele me girou e logo me trouxe de volta para colar seu corpo no meu, ele dança muito bem.
Umas duas músicas depois e o DJ optou por uma música lenta, Liam não aparentou querer sair da pista de dança agora, ele simplesmente me apertou mais forte em seus braços e diminuiu o ritmo.
Repousei minha cabeça em seu ombro e deixei que toda a adrenalina das músicas agitadas se esvaíssem, seu ombro macio estava me dando um conforto inexplicável, eu poderia ficar assim para sempre.
Ele se separou de mim o suficiente para tocar meu rosto, pressenti o que se passava em sua mente, não vou beijá-lo, ou melhor, não vou beijá-lo aqui, no meio de tanta gente, não mesmo.
Mas seu toque era tão carinhoso e gentil, tive que reunir forças o bastante para me afastar, suas pupilas dilataram com a surpresa de me ver recuar, ele pegou minha mão e me guiou de volta para a cozinha, onde me sentei em um banco e esperei ele me entregar outra garrafa de cerveja.
- Tudo bem, o que houve? -perguntou gentilmente após beber um gole.
- Não vou beijar você na frente de toda essa gente, por favor Liam, eu não sou uma de suas mil vadias, não quero que pensem isso de mim. -desabafei evitando o seu olhar.
- Você não é uma das minhas mil vadias. -falou e fez uma careta em seguida- Você não é uma vadia e nem é minha, não sabe o quanto eu queria mudar isso, amor.
- Não me chame assim, tá bom? -falei contendo a súbita raiva que me tomou.
Liam assentiu com a cabeça tristemente e bebeu mais um gole de sua garrafa.
Senti meu coração se comprimir com a reação que ele teve, ele ficou de repente murcho e calado, arrisco em dizer que ficou até triste ou desapontado, não sei bem com o quê.
- Eu te chamo como, então? -perguntou de repente, ainda com o olhar desfocado, pensativo.
- Eu não sei, como quiser, só não me chame de amor, eu não sou seu amor e você sabe bem disso. -retruquei mais calma.
- Tudo bem, Flor.
- Flor? -perguntei intrigada, um pequeno sorriso se abriu em seus lábios.
- Sim, você é a única Flor que eu encontrei em meio a tantos Espinhos. -falou e olhou para mim, o sorriso se estendendo pelo seus lábios, me fazendo sorrir também.
- Tudo bem, me convenceu, pode me chamar de Flor. -falei relutante e ele riu.
- Obrigado! Posso te beijar agora, Flor? -perguntou brincalhão me fazendo rir.
- Não seja bobo. -murmurei, lhe dando um tapinha no ombro e bebendo o último gole da minha cerveja.
- Mais uma? -perguntou educado.
- Eu diria que está querendo me embebedar, Sr. Payne. -ele riu e me entregou outra.
- Seria muito bom pra mim, Srta. Phelps.
- Que coisa feia, Payne, vai se aproveitar de uma garota bêbada? -perguntei bebendo minha cerveja.
- Longe de mim, Phelps, vou apenas desfrutar de sua inocência desinibida. -ele ergueu a mão com a cerveja, propondo um brinde- À belas garotas bêbadas com bocas insultantes e muito beijáveis. -falou, aparentemente instável pela bebida.
- Tim-tim, Sr. Payne. -falei rindo.
Liam bebeu o restante de sua cerveja e abriu a geladeira para pegar outra, beberiquei a minha lentamente, evitando bebê-la rapidamente, preciso manter as rédias curtas ou pagarei de vadia de Liam Payne nessa festa, porque ele é irresistível demais para mim.
Depois de mais 4 cervejas e muitas besteiras ditas, Lerie e Louis se aproximaram de nós dois, Lerie já estava alterada pelo álcool e Louis estava abraçando-a pela cintura, mantendo ela em pé.
Louis colocou Lerie sentada na cadeira vaga ao meu lado e respirou fundo, contendo a frustração por Lerie estar bêbada, isso raramente acontece.
- Kat, minha linda, Harry está furioso com você. -tagarelou Lerie, alegremente.
- E por quê? -perguntei bebendo mais um gole da minha sexta cerveja.
- Por causa do seu lance com o senhor gostoso ali. -falou apontando para Liam e caindo na gargalhada, Louis fez uma careta de reprovação.
- Comporte-se Lerie. -resmungou ele, mal-humorado.
- Não tem nenhum lance entre Liam e eu. -esclareci me divertindo com seu estado.
- Não é o que parece, vamos embora, amor? Estou cansada. -falou bocejando.
- Sim, é melhor irmos, você vem, Kat? -perguntou Louis, ajudando Lerie a se levantar.
- Eu...
- Eu levo ela. -me interrompeu Liam.
- Nesse estado? Você já bebeu mais de 10 cervejas, Liam, é melhor irmos nós dois com o Louis, vocês não dividem o apartamento?
- Você vai dormir comigo? -perguntou Liam, fazendo um biquinho.
- É claro que não, que ideia, Liam. -falei desdenhosa, ele riu antes de bufar.
- Então vamos, primo, você é o motorista da noite.
- Vamos, Lerie, comigo amor, não durma ainda. -falou a arrastando pelo meio da multidão.
Liam pegou minha mão e com a outra segurava sua última cerveja, ele me guiou pela multidão que ainda dançava alegremente no meio da sala.
O carro estava estacionado em frente a casa, junto de vários outros, Louis apertou o alarme e destrancou o carro, com cuidado ele colocou Lerie no banco da frente e colocou o cinto de segurança nela, em seguida ele deu a volta no carro e se sentou no banco do motorista.
Liam me puxou pela cintura e me prendeu contra a porta do carro, tentei me soltar, mas estava me divertindo com a situação, sua boca estava em meu pescoço e ele estava me beijando delicadamente, enquanto gemia, murmurando algumas coisas.
- Ah Flor, sua pele é tão macia. -murmurou beijando meu pescoço.
- Vamos entrar no carro, Liam, por favor. -pedi tentando empurrá-lo, mas ele permaneceu imóvel, me beijando o pescoço.
- Por que não me beija? Me deixa te beijar agora, Flor? Você deixa? Não tem ninguém olhando, você não precisa se preocupar com isso. -falou com a voz embriagada.
- Liam eu não vou te beijar.
- Então deixa eu te beijar. -afirmou subindo os beijos pelo meu queixo, enquanto eu lutava para afastá-lo, Louis estava aguardando pacientemente.
- Não, você está bêbado, pelo amor de Deus, pare com isso Liam. -falei irritada e ele parou e me olhou atentamente.
- Se eu não estivesse bêbado você me beijaria? -perguntou, repentinamente interessado.
- Eu poderia considerar essa possibilidade.
- Ah Flor, caramba, você me mata, sabia? -resmungou incrédulo- Por que não me deixa te beijar logo? Sabe o quanto eu tenho ansiado essa festa? Sabe o quanto venho querendo ter um momento a sós com você?
- Uma semana? -murmurei, segurando um riso inapropriado.
- Quase um ano. -falou sério o bastante para me fazer engasgar e o encarar incrédula.
- Você espera que eu acredite? -perguntei assustada.
- Não estou pedindo que acredite, apenas se lembre que os únicos que falam a verdade são as crianças, os bêbados e as pessoas com raiva. -murmurou e depositou um beijo cálido em meu queixo- E no momento eu sou o bêbado e a pessoa com raiva.
Ele se afastou e quando saí de frente da porta ele a abriu e me deixou entrar primeiro, me sentei no banco ainda em choque, fiquei embasbacada com essa confissão, Louis ligou o carro e o barulho do motor me fez acordar, Lerie dormia tranquilamente no banco da frente e Liam estava ao meu lado, ele deitou a cabeça no meu ombro e suspirou pesadamente.
O álcool começou a fazer efeito quando estávamos chegando ao apartamento dos rapazes, eu esperava que Louis nos deixasse no Halley Hall, mas percebi que esses não eram seus planos quando ele parou o carro no estacionamento do prédio onde ele e o primo dividem um apartamento.
Liam já estava dormindo profundamente apoiado em meu ombro, Louis saiu do carro e foi até a outra porta para tirar o cinto de segurança da Lerie e acordá-la, quando ele finalmente conseguiu ele me jogou as chaves do carro e ajudou ela a sair do mesmo.
- Acorde o Liam, aperte o alarme quando saírem do carro, ele vai te mostrar onde moramos. -falou enquanto se esforçava para manter Lerie acordada- eu vou levar ela pra cama.
- Tudo bem, obrigada.
Louis seguiu para dentro do prédio levando consigo Lerie, ao passar pela porta de entrada ele a levantou nos braços e pude ver de relance ele subir as escadas.
Me virei para Liam e o cutuquei, ele nem se mexeu, o cutuquei novamente e chamei seu nome, ele gemeu e murmurou algo incompreensível.
- Liam, acorde! -gritei o balançando e ele abriu os olhos lentamente.
- Chegamos?
- Sim, vamos subir. -falei abrindo a porta do carro.
Liam tropeçou ao sair do carro, mas conseguiu se manter de pé, apertei o alarme como Louis mandou e Liam passou o braço pela minha cintura, me guiando para dentro do prédio, ele estava calado e sonolento, mas sua mão apertava minha cintura, me mantendo perto dele.
Liam parou em frente à uma porta no primeiro andar e a abriu, entramos e encarei um apartamento limpo, arrumado e bem decorado, muito diferente do que imaginei ser a casa de Louis e Liam.
Liam tirou a camisa e a jogou no ombro, tirei meus saltos, que estavam me incomodando, e me sentei no único sofá que tinha na sala, ele estava acompanhado de duas poltronas reclináveis.
Liam se apoiou no encosto do sofá e me olhou interrogativo.
- Você não vem? -perguntou docemente.
- Pra onde?
- Pro quarto, você não acha que vou deixar você dormir nesse sofá, não é?
- O que tem demais em dormir no sofá? Eu gosto, não vejo problemas nisso.
- Ah vamos lá, Flor, não vou tocar em você, se quiser até durmo no chão, mas, por favor, não me peça pra dormir nessa porcaria. -falou impaciente.
- O que tem demais com o sofá? -perguntei intrigada e ele fez uma careta.
Hey girls, caramba 'o'
7 coments, cara, vcs são (perdoem o palavreado) FODAS <3
Eu amo vcs, de verdade, amo demais kkk
Já viram o selfie novo dos nossos gays? Olhem.
Cara, OLHA O CABELO DO BOO, to in love, My Josh, meu pobre coração não aguenta essas carinhas :3
kkkk Bom, vcs são demais, queridas.
Continuo com 8 coments, vcs conseguem?
Amo vcs, divas <33
domingo, 29 de junho de 2014
"Queria que nós pudéssemos nos sentir sozinhos agora
- Summer Love (One Direction)
- Vocês estão loucos? Não vou pular ai. -falei olhando lá para dentro, estava tudo preto, não dava para ver nada.
- Vamos Kat, eu vou primeiro e depois te seguro, pode confiar -falou Harry, colocando as pernas para dentro e pulando em segundos.
- Não vou pular, estou de salto. -falei assustada.
- Vamos Kat, eu te seguro, estou vendo e sei aonde você vai cair, vem. -chamou Harry, tranquilamente.
- Você vai me pegar? -perguntei manhosa, ele riu.
- É claro que eu vou, vem.
Respirei fundo e coloquei as pernas para dentro da janela, deslizei devagar deixando meu corpo cair lentamente, tentei encontrar o chão com a ponta do pés mas não achei nada.
- Solte Kat, estou aqui. -insistiu Harry.
Fechei meus olhos com força e me soltei, senti o rápido vento balançar meus cabelos e logo os braços de Harry me pegaram, ele cambaleou para trás e me pós em pé, respirei fundo sem nem perceber que estava prendendo a respiração, ele riu novamente.
- Viu? Não foi tão ruim.
- Vocês querem vir logo? -ralhou Louis, apressado.
Harry pegou minha mão e me guiou pelo escuro, uma luz fraca se tornou mais intensa à medida que avançávamos no corredor, junto à luz, o som de gritos e risadas altas também se fizeram notar.
Havia um galpão antigo e lotado de pessoas, um palco no centro era rodeado por umas cordas, lembrava um ringue de boxe.
Louis parou e ficou olhando para a bagunça de pessoas, ele colocou as mãos na cintura e olhou em nossa volta, para a escuridão, meus olhos estavam fixados na multidão, homens e algumas mulheres estavam gritando e levantando notas de dinheiro, um cara dentro do ringue estava recolhendo a grana e falando em um megafone, não consegui entender o que ele dizia.
Uma voz grossa me fez olhar para a escuridão e da nossa esquerda saiu Liam Payne, ele tinha um sorriso presunçoso nos lábios, vestia uma calça jeans clara, uma camiseta e uma jaqueta de couro, seu coturno me chamou atenção, já que tenho uma certa paixonite por coturnos, um perfeito badboy, ele tirou os óculos escuros, estilo Ray-Ban, dos olhos e o pendurou na gola da camisa, vi ele guardar as chaves no bolso da calça e então deu um rápido abraço de cumprimento em Louis e Harry, permaneci encolhida olhando a multidão, ignorando totalmente a presença do senhor 'testosterona'.
Liam é o tipo de cara que não pretendo conversar, nunca gostei de seu jeito presunçoso e egocêntrico, prefiro distância de gente como ele.
Dei alguns passos à frente, na esperança de me misturar com os diversos bêbados que ali estavam para que Liam não me notasse, a última coisa que quero é aturar Liam Payne.
Tirei minha jaqueta e pendurei-a em meus braços, cruzando os mesmo sobre minha barriga, fiquei olhando a grande bagunça que era aquele porão.
O rapaz com um megafone aumentou o volume e começou a gritar.
- Agora, vamos a luta. -falou e todos gritaram, abafando sua voz- O lutador de hoje, como alguns de vocês já conhece é o Tommy Stiffler. -gritou e um rapaz alto e musculoso entrou no ringue.
Tommy tinha os cabelos loiros e um rostinho angelical, mas por traz de seus cabelos e olhos claros estava um sorriso medonho, uma de suas orelhas estava com a pontinha decepada e seus braços e algumas partes de seu rosto tinham algumas cicatrizes de lutas anteriores, me encolhi mais ainda, abraçando à mim mesma, ele me dá arrepios.
Quando voltei até onde Lerie estava, Liam já estava indo à caminho do ringue com Louis em seus calcanhares, discutindo estratégias de luta.
Liam entregou a jaqueta e os óculos para Louis, ele dobrou a beirada da calça e passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os um pouco, sua camiseta cavada deixava à mostra suas costas torneadas e musculosas, ele subiu o primeiro degrau enquanto o locutor lhe apresentava.
- Agora, o lutador da casa, o grande, invencível e muito charmoso... -falou em um tom galanteador, algumas garotas gritaram- Liam Payne, vamos lá camarada, essa é toda sua. -encorajou Liam lhe dando palmadas nas costas.
Liam deixou para tirar a camiseta alguns segundos antes da luta começar, ele parecia despreocupado e feliz, enquanto Tommy estava sério em frente a ele.
Fechei meus olhos quando o primeiro soco foi dado por Liam, que acertou Tommy no queixo, encostei minha cabeça no braço de Harry e permaneci de olhos fechados enquanto ele se movia, entusiasmado com a luta, odeio violência e não foi uma boa ideia vir até aqui.
Arrisquei abrir os olhos por poucos segundos, sempre que eu os abria via sangue e fechava-os imediatamente, só voltei a abri-los quando a algazarra aumentou, abri o olho esquerdo e vi o locutor levantar o braço de Liam, que limpou a boca de onde escorria um fiapo de sangue.
Liam tentou se dirigir até onde estávamos, ainda limpando a boca, quando ele se aproximou mais algumas garotas estavam o seguindo, uma delas lhe entregou um lencinho e ele aceitou para limpar a boca, depois a dispensou com um aceno de mão.
Segurei firme no braço de Harry, meu salto estava começando a machucar por ficar tanto tempo em pé, ele me olhou e passou o braço pela minha cintura, me dando apoio.
- Melhor? -perguntou gentilmente.
- Sim, obrigada.
Liam pegou a jaqueta e o óculos com Louis e então parou em nossa frente, os olhos levemente arregalados olhando de Harry para mim repetidas vezes, senti meu rosto corar com a atenção que eu tanto evitara.
- Zayn estava procurando por você, amor. -falou para mim, sem desviar os olhos dos meus, olhei para meus pés timidamente, assentindo.
- Ele tá aqui? -perguntou Harry, tão surpreso quanto eu.
- Sim, está por ai. -respondeu e arrisquei olhar para ele, mas ele continuava me encarando- Eu não mordo, sabia?
- É claro que não morde. -respondi com desdém- De cachorro você só tem o caráter. -lhe enviei um sorriso sarcástico e ele retorceu a boca, levemente divertido com minha resposta.
- Um dia ainda vou descobrir por que você me odeia tanto. -falou divertido, mas contendo o riso.
- Boa sorte. -desejei, ainda sarcástica.
Estava tão nervosa e irritada com a atenção que ele estava me dando que larguei o braço de Harry e fiquei trocando o peso do meu corpo de um pé para outro, não suporto ficar tão próxima à ele, simplesmente não suporto.
Percebi que Harry estava me encarando, seu olhos tinham um brilho que eu conheço muito bem, um interrogatório está por vir, talvez ele espere até chegarmos em casa, ou comece logo aqui, as vezes o ciúme dele chega a ser sufocante.
Antes que ele abrisse a boca eu coloquei o dedo em seus lábios, o impedindo de falar, ele olhou para meu dedo ficando vesgo e me fazendo rir.
- Não começa. -falei controlando a risada.
- Mas eu só ia perguntar por que o Zayn tá te procurando. -falou de mansinho.
- Esqueça, não vale a pena.
- Ah, com certeza vale a pena. -se intrometeu Liam.
- O que quer dizer com isso, Liam? -perguntou Harry, mais interessado que nunca.
- Qual é Harry? Cuida da sua garota se não vai acabar perdendo, e não estou falando do Zayn. -falou e um sorriso sacana brotou em seus lábios.
- Eu não sou a garota dele. -bufei irritada, ele riu.
- Tá legal, chega de briga, crianças, por favor vamos embora. -gritou Lerie, quando percebeu que o porão estava quase vazio.
- Me acompanha, amor? -perguntou Liam, estendendo o braço para mim.
- Vai se ferrar. -falei entre os dentes e saí na frente, em direção a saída mais próxima.
- O que eu fiz? -perguntou ele aos demais que ficaram.
- Vai com calma, ela só te odeia. -aconselhou Lerie.
Fingi não escutá-los e continuei a andar até a escada que dá acesso ao andar de cima.
Escutei passos atrás de mim, relaxei pensando ser Harry, já que o barulho eram de botas, mas quando me virei para esperá-lo Liam brotou do inferno para me ajudar a subir as escadas, como se não houvesse um corrimão ou como se eu não tivesse pernas.
Ele ficou com a mão estendida, esperando que eu a segurasse para subir as escadas, mas escolhi o corrimão sujo e úmido, bufei ao sentir a poeira úmida sujar minha mão, mas não demonstrei, para que ele não ficasse mais feliz ainda.
- Ah, qual é? Estou sendo cavalheiro, pode por favor me ajudar? -implorou com uma voz esganiçada.
- Quer que eu ajude como? -perguntei subindo as escadas cada vez mais rápido, com ele nos meus calcanhares.
- Parando de ser grossa e me permitindo te ajudar a subir as escadas, por exemplo. -sugeriu e eu parei de repente ao sentir meu pé latejar de dor.
- Não estou sendo grossa. -falei, tentando esconder a dor no meu pé.
Me incline para alcançar os saltos e retirá-los, mas antes que eu tirasse o esquerdo, Liam passou os braços pela minha cintura, me levantou e tirou os dois em poucos segundos, fiquei paralisada olhando para ele, minha boca levemente aberta de surpresa, por que ele fez isso?
- Pra te ajudar, você pode simplesmente agradecer ou me dar um chute, vai ser excitante de qualquer forma. -respondeu presunçoso, lendo meus pensamentos.
- Você é tão... desprezível. -falei tirando a mão dele da minha cintura e pegando meus sapatos de sua mão.
Voltei a subir as intermináveis escadas, mas não havia sinal do primeiro andar, e Liam continuava a me seguir, eu podia sentir seu sorriso irritante, mas não me atrevi a olhar.
Parei subitamente de subir as escadas quando notei que somente Liam estava me seguindo, os outros não, enruguei a testa ao olhar para trás e só ver o sorriso idiota do Liam.
- O que foi, amor? -perguntou gentilmente.
- Não me chame assim. -retruquei irritada.
- Você fica linda quando enruga a testa. -falou e com o indicador trassou uma linha entre minhas sobrancelhas, abaixo da testa- Aqui forma uma linda linha, dá vontade de beijar. -falou e imediatamente me afastei dele.
- Cadê os outros? -perguntei sem rodeios, ele riu.
- Foram pela outra saída.
- Por quê? -perguntei, minha voz soou estridente.
- Porque eu pedi.
- Liam, me deixa em paz, tudo bem? Pode fazer isso? -perguntei calmamente, voltando a subir as escadas de costa, sem desviar o olhar dele, mas ele continuou a subir junto comigo.
- Não posso, gosto de você. -falou dando de ombros, naturalmente.
- Não seja ridículo. -bufei e virei as costas para ele, voltando a correr.
Finalmente, depois de 10 minutos de muita tortura, encontrei a porta pro saguão abandonado do antigo prédio de artes, o porão era espaçoso o bastante para a luta, tenho que admitir que foi uma boa escolha.
Corri para a porta de saída do prédio, puxei-a com força, mas ela não se moveu, quem foi o imbecil que a trancou?
- Ray deve ter trancando. -respondeu ele, ai está novamente a misteriosa maneira de ler meus pensamentos não pronunciados.
- Você tem a chave, não tem? -perguntei aflita, ele levantou os ombros se desculpando.
- Não.
- Merda. -praguejei e escorreguei pela porta, me sentando no chão e colocando minha jaqueta nas pernas.
Liam se aproximou cautelosamente, com receio que eu me afastasse, ele se sentou ao meu lado e suspirou, a cabeça dele virou lentamente em minha direção e eu o olhei, permitindo uma trégua.
- O que vamos fazer? -perguntei.
- Eu não sei, Louis trancou a janela depois que saiu. -afirmou com a voz fraca.
- Usa seu celular, liga pra alguém.
- Usa o seu, o meu ficou em casa. -bufei irritada e ele riu- Você adora bufar, não é?
- Não posso usar o meu celular.
- Por quê? -perguntou tranquilamente.
- Ficou na minha bolsa, que ficou no carro do Louis.
- Que azar. -falou pensativo, depois se virou para mim, sorrindo- Bom, estamos sozinhos, não é tanto azar assim.
- Sim, é muito azar, não acredito que estou presa em uma droga de prédio velho e sujo com um babaca feito você, é castigo, meu Deus? O que eu fiz? -perguntei olhando para o teto.
- Por que tanto ódio? -perguntou, percebi que ele ficou um pouco triste.
- Não é ódio, só não gosto de você.
- De mim ou do meu jeito?
- Dos dois, você é um caso perdido de badboy metido a garanhão, que acha que pode tudo, inclusive sair cantando todas as garotas da faculdade e depois descartá-las como se fossem lixo. -desabafei e ele riu envergonhado.
- Você é sincera, gosto disso. -falou simplesmente, arregalei meus olhos esperando uma resposta ao meu ataque, mas ele só sorriu.
Fiquei quieta, sua reação me pegou de surpresa e não sei mais o que dizer, então apenas encostei minha cabeça na porta e olhei para o extenso saguão de entrada do prédio.
Liam ficou quieto também, sua respiração estava pesada e imaginei que ele estivesse dormindo, mas quando olhei para ele seus olhos estavam abertos e estavam me encarando fixamente, prendi a respiração por um segundo, depois a soltei.
- Podemos não brigar? Não sei... Eu só quero uma trégua. -falou ele, calmamente.
- Desculpa, sim, podemos ter uma trégua. -falei baixando a guarda e ele sorriu inocentemente.
- Valeu, já que temos que passar a noite aqui podemos tentar resolver nossos problemas, já que desde que você chegou, aqui na faculdade, você me bombardeia com palavras e insultos toda vez que me vê.
- Desculpe. -murmurei envergonhada- Eu só não gosto da ideia de ficar muito perto de alguém como você. -ele engasgou e riu.
- Alguém como eu? Tá bom, foi magoada por um canalha, feito eu, no passado ou o quê? -perguntou divertido.
- Não, eu só não curto esse tipo de pessoa. -falei sonolenta, essa conversa está me dando sono, ou foram as taças de vinho que tomei.
- Pode tentar me curtir? Pelo menos um pouquinho? -perguntou docemente e eu bocejei- Eu te deixo entedada, Srta. Phepls?
- Não, eu só... Como sabe meu nome?
- Bom, você é a melhor amiga da namorada do meu primo, o cara que divide apartamento comigo, quando ele conheceu a Lerie ele não parava de falar dela um segundo se quer, ele mencionou você algumas vezes. -falou levantando os ombros, indiferente.
- Ah tá, eu posso tentar. -afirmei, respondendo sua pergunta anterior.
- Pode tentar? Ah sim, obrigado.
- Mas você precisa...
- Eu já sei, merecer sua confiança? -perguntou presunçoso.
- Não, bobo, me responder uma coisa.
- Ah sim, pode mandar então.
- Por que decidiu vir atrás de mim? O que te deu? -perguntei o encarando, ele sorriu.
- Eu não sei, apenas te segui e decidi que queria que você não me odiasse, nem que eu tivesse que usar todo o meu charme, a sua arrogância e sua grosseria comigo meio que... Destruía minha auto-confiança, então decidi saber o motivo disso tudo. -respondeu sinceramente e senti meu queixo cair mais uma vez.
- Destruir sua auto-confiança, tá falando sério? Eu e minhas míseras palavras? Me sinto lisonjeada... E envergonhada. -completei sentindo meu rosto corar, ele riu novamente.
- É, sua boquinha nervosa me destruía lentamente, tive que por um ponto final nisso, sabe, meu frágil ego não suportaria mais um bombardeio de insultos.
- Liam, você quase me fez sentir pena. -falei irônica e ele gargalhou.
- Faltou pouco? -perguntou esperançoso, assenti sorrindo- Espere, deixe eu tentar mais uma vez. -ele tossiu, limpando a garganta dramaticamente e continuou- Toda vez que eu te via, eu sentia uma pequena esperança de não ser criticado, mas você sempre me surpreendia com insultos novos, mas eu sempre gostei disso, você é a única que tem coragem de dizer isso na minha cara, então por dentro eu me sentia um verme repulsivo, mas um verme feliz por receber sua atenção. -completou e eu ri.
- Você é um verme, Payne, um verme repulsivo e feliz, concordo com você, nós dois somos vermes então. -falei sorridente e ele assentiu, também rindo.
Liam abriu a boca para falar mais alguma coisa, porém, fomos interrompidos por batidas estrondosas na janelinha da porta, Liam se levantou rapidamente e estendeu a mão para me ajudar, logo a cara de Harry e Lerie, espremidos, apareceu no vidrinho, Harry esmurrava a porta sem piedade.
- O que estão fazendo aí? Por que não saíram ainda? -perguntou Lerie.
- Resolvemos tomar um chá, Valerie, que acha da ideia? Quer se juntar à nós? -perguntei irônica e ela reprimiu uma risada.
Estava tão nervosa e irritada com a atenção que ele estava me dando que larguei o braço de Harry e fiquei trocando o peso do meu corpo de um pé para outro, não suporto ficar tão próxima à ele, simplesmente não suporto.
Percebi que Harry estava me encarando, seu olhos tinham um brilho que eu conheço muito bem, um interrogatório está por vir, talvez ele espere até chegarmos em casa, ou comece logo aqui, as vezes o ciúme dele chega a ser sufocante.
Antes que ele abrisse a boca eu coloquei o dedo em seus lábios, o impedindo de falar, ele olhou para meu dedo ficando vesgo e me fazendo rir.
- Não começa. -falei controlando a risada.
- Mas eu só ia perguntar por que o Zayn tá te procurando. -falou de mansinho.
- Esqueça, não vale a pena.
- Ah, com certeza vale a pena. -se intrometeu Liam.
- O que quer dizer com isso, Liam? -perguntou Harry, mais interessado que nunca.
- Qual é Harry? Cuida da sua garota se não vai acabar perdendo, e não estou falando do Zayn. -falou e um sorriso sacana brotou em seus lábios.
- Eu não sou a garota dele. -bufei irritada, ele riu.
- Tá legal, chega de briga, crianças, por favor vamos embora. -gritou Lerie, quando percebeu que o porão estava quase vazio.
- Me acompanha, amor? -perguntou Liam, estendendo o braço para mim.
- Vai se ferrar. -falei entre os dentes e saí na frente, em direção a saída mais próxima.
- O que eu fiz? -perguntou ele aos demais que ficaram.
- Vai com calma, ela só te odeia. -aconselhou Lerie.
Fingi não escutá-los e continuei a andar até a escada que dá acesso ao andar de cima.
Escutei passos atrás de mim, relaxei pensando ser Harry, já que o barulho eram de botas, mas quando me virei para esperá-lo Liam brotou do inferno para me ajudar a subir as escadas, como se não houvesse um corrimão ou como se eu não tivesse pernas.
Ele ficou com a mão estendida, esperando que eu a segurasse para subir as escadas, mas escolhi o corrimão sujo e úmido, bufei ao sentir a poeira úmida sujar minha mão, mas não demonstrei, para que ele não ficasse mais feliz ainda.
- Ah, qual é? Estou sendo cavalheiro, pode por favor me ajudar? -implorou com uma voz esganiçada.
- Quer que eu ajude como? -perguntei subindo as escadas cada vez mais rápido, com ele nos meus calcanhares.
- Parando de ser grossa e me permitindo te ajudar a subir as escadas, por exemplo. -sugeriu e eu parei de repente ao sentir meu pé latejar de dor.
- Não estou sendo grossa. -falei, tentando esconder a dor no meu pé.
Me incline para alcançar os saltos e retirá-los, mas antes que eu tirasse o esquerdo, Liam passou os braços pela minha cintura, me levantou e tirou os dois em poucos segundos, fiquei paralisada olhando para ele, minha boca levemente aberta de surpresa, por que ele fez isso?
- Pra te ajudar, você pode simplesmente agradecer ou me dar um chute, vai ser excitante de qualquer forma. -respondeu presunçoso, lendo meus pensamentos.
- Você é tão... desprezível. -falei tirando a mão dele da minha cintura e pegando meus sapatos de sua mão.
Voltei a subir as intermináveis escadas, mas não havia sinal do primeiro andar, e Liam continuava a me seguir, eu podia sentir seu sorriso irritante, mas não me atrevi a olhar.
Parei subitamente de subir as escadas quando notei que somente Liam estava me seguindo, os outros não, enruguei a testa ao olhar para trás e só ver o sorriso idiota do Liam.
- O que foi, amor? -perguntou gentilmente.
- Não me chame assim. -retruquei irritada.
- Você fica linda quando enruga a testa. -falou e com o indicador trassou uma linha entre minhas sobrancelhas, abaixo da testa- Aqui forma uma linda linha, dá vontade de beijar. -falou e imediatamente me afastei dele.
- Cadê os outros? -perguntei sem rodeios, ele riu.
- Foram pela outra saída.
- Por quê? -perguntei, minha voz soou estridente.
- Porque eu pedi.
- Liam, me deixa em paz, tudo bem? Pode fazer isso? -perguntei calmamente, voltando a subir as escadas de costa, sem desviar o olhar dele, mas ele continuou a subir junto comigo.
- Não posso, gosto de você. -falou dando de ombros, naturalmente.
- Não seja ridículo. -bufei e virei as costas para ele, voltando a correr.
Finalmente, depois de 10 minutos de muita tortura, encontrei a porta pro saguão abandonado do antigo prédio de artes, o porão era espaçoso o bastante para a luta, tenho que admitir que foi uma boa escolha.
Corri para a porta de saída do prédio, puxei-a com força, mas ela não se moveu, quem foi o imbecil que a trancou?
- Ray deve ter trancando. -respondeu ele, ai está novamente a misteriosa maneira de ler meus pensamentos não pronunciados.
- Você tem a chave, não tem? -perguntei aflita, ele levantou os ombros se desculpando.
- Não.
- Merda. -praguejei e escorreguei pela porta, me sentando no chão e colocando minha jaqueta nas pernas.
Liam se aproximou cautelosamente, com receio que eu me afastasse, ele se sentou ao meu lado e suspirou, a cabeça dele virou lentamente em minha direção e eu o olhei, permitindo uma trégua.
- O que vamos fazer? -perguntei.
- Eu não sei, Louis trancou a janela depois que saiu. -afirmou com a voz fraca.
- Usa seu celular, liga pra alguém.
- Usa o seu, o meu ficou em casa. -bufei irritada e ele riu- Você adora bufar, não é?
- Não posso usar o meu celular.
- Por quê? -perguntou tranquilamente.
- Ficou na minha bolsa, que ficou no carro do Louis.
- Que azar. -falou pensativo, depois se virou para mim, sorrindo- Bom, estamos sozinhos, não é tanto azar assim.
- Sim, é muito azar, não acredito que estou presa em uma droga de prédio velho e sujo com um babaca feito você, é castigo, meu Deus? O que eu fiz? -perguntei olhando para o teto.
- Por que tanto ódio? -perguntou, percebi que ele ficou um pouco triste.
- Não é ódio, só não gosto de você.
- De mim ou do meu jeito?
- Dos dois, você é um caso perdido de badboy metido a garanhão, que acha que pode tudo, inclusive sair cantando todas as garotas da faculdade e depois descartá-las como se fossem lixo. -desabafei e ele riu envergonhado.
- Você é sincera, gosto disso. -falou simplesmente, arregalei meus olhos esperando uma resposta ao meu ataque, mas ele só sorriu.
Fiquei quieta, sua reação me pegou de surpresa e não sei mais o que dizer, então apenas encostei minha cabeça na porta e olhei para o extenso saguão de entrada do prédio.
Liam ficou quieto também, sua respiração estava pesada e imaginei que ele estivesse dormindo, mas quando olhei para ele seus olhos estavam abertos e estavam me encarando fixamente, prendi a respiração por um segundo, depois a soltei.
- Podemos não brigar? Não sei... Eu só quero uma trégua. -falou ele, calmamente.
- Desculpa, sim, podemos ter uma trégua. -falei baixando a guarda e ele sorriu inocentemente.
- Valeu, já que temos que passar a noite aqui podemos tentar resolver nossos problemas, já que desde que você chegou, aqui na faculdade, você me bombardeia com palavras e insultos toda vez que me vê.
- Desculpe. -murmurei envergonhada- Eu só não gosto da ideia de ficar muito perto de alguém como você. -ele engasgou e riu.
- Alguém como eu? Tá bom, foi magoada por um canalha, feito eu, no passado ou o quê? -perguntou divertido.
- Não, eu só não curto esse tipo de pessoa. -falei sonolenta, essa conversa está me dando sono, ou foram as taças de vinho que tomei.
- Pode tentar me curtir? Pelo menos um pouquinho? -perguntou docemente e eu bocejei- Eu te deixo entedada, Srta. Phepls?
- Não, eu só... Como sabe meu nome?
- Bom, você é a melhor amiga da namorada do meu primo, o cara que divide apartamento comigo, quando ele conheceu a Lerie ele não parava de falar dela um segundo se quer, ele mencionou você algumas vezes. -falou levantando os ombros, indiferente.
- Ah tá, eu posso tentar. -afirmei, respondendo sua pergunta anterior.
- Pode tentar? Ah sim, obrigado.
- Mas você precisa...
- Eu já sei, merecer sua confiança? -perguntou presunçoso.
- Não, bobo, me responder uma coisa.
- Ah sim, pode mandar então.
- Por que decidiu vir atrás de mim? O que te deu? -perguntei o encarando, ele sorriu.
- Eu não sei, apenas te segui e decidi que queria que você não me odiasse, nem que eu tivesse que usar todo o meu charme, a sua arrogância e sua grosseria comigo meio que... Destruía minha auto-confiança, então decidi saber o motivo disso tudo. -respondeu sinceramente e senti meu queixo cair mais uma vez.
- Destruir sua auto-confiança, tá falando sério? Eu e minhas míseras palavras? Me sinto lisonjeada... E envergonhada. -completei sentindo meu rosto corar, ele riu novamente.
- É, sua boquinha nervosa me destruía lentamente, tive que por um ponto final nisso, sabe, meu frágil ego não suportaria mais um bombardeio de insultos.
- Liam, você quase me fez sentir pena. -falei irônica e ele gargalhou.
- Faltou pouco? -perguntou esperançoso, assenti sorrindo- Espere, deixe eu tentar mais uma vez. -ele tossiu, limpando a garganta dramaticamente e continuou- Toda vez que eu te via, eu sentia uma pequena esperança de não ser criticado, mas você sempre me surpreendia com insultos novos, mas eu sempre gostei disso, você é a única que tem coragem de dizer isso na minha cara, então por dentro eu me sentia um verme repulsivo, mas um verme feliz por receber sua atenção. -completou e eu ri.
- Você é um verme, Payne, um verme repulsivo e feliz, concordo com você, nós dois somos vermes então. -falei sorridente e ele assentiu, também rindo.
Liam abriu a boca para falar mais alguma coisa, porém, fomos interrompidos por batidas estrondosas na janelinha da porta, Liam se levantou rapidamente e estendeu a mão para me ajudar, logo a cara de Harry e Lerie, espremidos, apareceu no vidrinho, Harry esmurrava a porta sem piedade.
- O que estão fazendo aí? Por que não saíram ainda? -perguntou Lerie.
- Resolvemos tomar um chá, Valerie, que acha da ideia? Quer se juntar à nós? -perguntei irônica e ela reprimiu uma risada.
Hey girls,
Desculpem a demora, ñ tenho uma desculpa mto boa pra isso, kkkk
Bom, obrigada pelos coments. Amei todos eles.
Comentem rapidinho pra mim, 5 coments e eu posto, okay?
Amo vcs minhas divas <3
terça-feira, 24 de junho de 2014
"Estarei aqui, dando o meu melhor
- Best Shot (Birdy ft. Jaymes Young)
Bufei e digitei uma resposta rápida, um pouco seca demais.
Lerie enrugou a testa novamente e me obrigou a digitar outra vez, só que mais educadamente.
"Jornalismo."
"Qual você faz?"
"Faço Literatura, me passa seu número?"
Lerie gritou excitada e se levantou para pular na cama, felicíssima com o rumo da conversa, mas me mantive quieta e indiferente, ela bufou e se sentou ao meu lado novamente.
- Dê seu número pra ele, agora -ordenou, parece mais minha mãe.
- Não vou dar meu número pra ele -falei petulante, ela balançou a cabeça negativamente e retirou o note do meu colo.
- Então eu dou. -falou simplesmente.
Tentei pular em cima dela para pegar meu notebook de volta, mas ela passou as pernas por cima das minhas e se sentou na minha barriga, imobilizando meus braços, ela é ótima em imobilização, se eu tivesse 3 irmãos mais velhos eu também seria ótima, mas só tenho dois e os dois me mimam demais.
Por fim ela digitou rapidamente meu número, não demorou nem cinco minutos e meu celular estava vibrando, anunciando um sms, peguei-o antes que ela e abri o sms de um número desconhecido.
"Olá =). xxZayn."
Sorri e balancei a cabeça em descrença, isso não é possível, Lerie é uma louca.
Dei um tapa na cabeça dela, que reclamou exageradamente, e respondi o sms dele.
"Oi ^-^. Xx Kat"
Larguei o celular em cima do meu travesseiro e deitei minha cabeça nas pernas cruzadas de Lerie, ela apoiou o notebook na minha barriga e se curvou para continuar mexendo nele.
Depois de um tempo ela bufou e fez uma careta engraçada, evitei rir, pois ela não parecia estar brincando, levantei minha cabeça e vi uma foto de Louis com uma das líderes de torcida.
- Isso foi antes de você? -perguntei calmamente.
- Sim, mas isso ainda me irrita profundamente. -respondeu abalada.
Deslizei meu dedo e tirei a foto, ele está com ela agora e parece gostar dela, então não tem porque ela ficar se torturando.
Ela sorriu agradecida e voltou a mexer pelo seu facebook, buscando algo interessante, meu celular vibrou novamente e eu o alcancei, outro sms de Zayn.
"Te vejo na luta?"
"Eu vou estar por lá."
Lerie riu desdenhosa, ela não gosta de eu estar sendo tão seca com Zayn, ela gosta muito da ideia de namorarmos amigos, Zayn seria uma boa escolha pra mim, mas ela não escolhe meus namorados, então ela não tem do que reclamar.
- Harry vai estar na sua cola. -lembrou ela.
- Eu sei disso, nunca amei tanto o Harry em toda a minha vida -falei sarcástica, mas sincera, Lerie balançou a cabeça, indignada.
- Eu queria que você desse uma chance a ele -falou docemente.
- Nem vem, Lerie. -respondi amargamente- A última pessoa com quem eu ficaria é...
- O Liam, não diga que é o Zayn porque isso é mentira. -interrompeu ela.
- Não vou dar uma chance a ele e ponto. -finalizei esse assunto chato e ele assentiu decepcionada.
Me levantei e fui procurar algo para vestir, Harry e Louis chegarão daqui a pouco e ainda não estou pronta, já Lerie está super linda, pra variar, ela fica bem em qualquer coisa.
Peguei minhas roupas, uma toalha e uma sacolinha com shampoo, condicionador e sabonete, segui para o banheiro no fim do corredor com Lerie nos meus calcanhares, trazendo o notebook consigo.
Voltamos pro quarto meia hora depois, terminei de me maquiar e arrumei o cabelo, Lerie me encarou pelo o espelho e enfim deixou o seu sorriso brilhante aparecer, enfim pronta.
- Está incrível, não só Harry e Zayn, mas todos vão babar.
- Para com isso, não quero que ninguém babe e não estou me arrumando para o Harry ou para o Zayn, estou me arrumando porque quero sair e ter uma noite legal com meus amigos, vou passar dois meses sem vê-los -esclareci e ela sorriu docemente.
- Tudo bem, retiro o que eu disse, não quero estragar seu humor.
Nos sentamos novamente na cama e cinco minutos depois ouvimos batidas na porta, caminhei até a mesma e girei a maçaneta devagar, Louis e Harry estavam se cutucando, um implicando com o outro, quando me viram pararam e sorriram inocentemente.
Harry entrou e pegou minha mão.
- Uau, você está incrível, Kat -falou enquanto me fazia girar.
- Obrigada -agradeci sentindo meu rosto corar.
- Fica mais linda ainda quando cora -falou tocando meu queixo.
Desviei delicadamente de seu toque e olhei para Louis e Lerie, que já estavam se agarrando no canto do quarto, pigarreei e os dois sorriram.
Pegamos o elevador até o primeiro andar, o carro de Louis estava estacionado bem em frente ao Halley Hall, Louis destravou as portas e Harry abriu a porta para me deixar entrar, agradeci e me acomodei no banco traseiro, logo ele estava ao meu lado.
Durante os 10 minutos que ficamos dentro do carro, Harry tentou me persuadir a comer sushi com ele, mas eu odeio sushi, então ele não conseguiu me convencer. Enquanto brigávamos no banco de trás, Louis e Lerie estavam discutindo sobre que música estava tocando, até que foi divertido colocar na cabeça do Harry que sushi tem gosto de água oxigenada.
- Para, Kat, você já tomou água oxigenada? -perguntou indignado, balancei a cabeça negativamente- Então você não tem como dizer se tem ou não gosto de água oxigenada.
- Quieto Harry, eu só não gosto de sushi, da última vez que comi vomitei todo o banheiro do restaurante, não me faça comer isso de novo -avisei em tom de alerta, ele riu.
- O banheiro inteiro? -perguntei ainda rindo histericamente.
- O gerente ficou com tanto nojo que me ajudou a sujar mais ainda o banheiro.
- Arrr... que nojo -falou com cara de nojo, mas continuou rindo.
Ficamos em silêncio até Louis terminar de estacionar, então saímos do carro e entramos no restaurante Italiano chamado Reck From, é um ótimo lugar, não é sofisticado demais, mas também não é bagunça.
Encontramos uma mesa vaga, a minha mesa preferida, pois tem vista para a rua e podemos ver quem está passado através da enorme vidraça decorativa.
Harry se sentou de frente para mim e Lerie ao meu lado, Louis foi o último a se acomodar ao lado de Harry, pegamos os cardápios, mas eu já tinha algo em mente, amo restaurantes italianos e amo a comida italiana.
Tivemos 10 minutos até um garçom jovem e bonito nos cumprimentar e puxar o bloquinho para anotar nossos pedidos, Lerie me cutucou e fui obrigada a lhe oferecer meu melhor sorriso, mas estava queimando de vergonha por dentro, acho que Lerie tem mais medo de que eu fique sozinha do que eu mesma.
-Já decidiram? -perguntou ele, gentilmente.
- Sim, o meu pedido vai ser Filé à Parmegiana acompanhado de batatas fritas, e uma taça de vinho seco, pode ser o que você tiver ai. -eu disse e ele assentiu sorridente e anotou.
- Para mim e minha adorável namorada será Macarrão Bolonhesa e duas taças de vinho seco também -falou Louis, sorridente.
- Sim senhor. -respondeu o garçom, anotando novamente- e o senhor? -perguntou a Harry.
- Vou querer Espaguete à Carbonara, por favor, e a taça de vinho também -respondeu, ainda olhando o cardápio- só isso mesmo, obrigado.
O rapaz terminou de anotar tudo e pediu licença, me lançou um olhar e um sorriso galanteador antes de se afastar da mesa e sumir de vista, senti meu rosto corar lentamente.
Tentei prestar atenção na conversa dos três, tivemos uns 15 minutos até o garçom aparecer, trazendo nossos pedidos.
Nos divertimos enquanto degustávamos a deliciosa comida italiana, o vinho estava perfeito, bem gelado e saboroso.
Pedimos mais uma rodada de vinho quando o rapaz veio retirar nossos pratos.
Não demorou para que ele colocasse as quatro taças de vinho em nossa frente e pegou o bloquinho novamente, deixando a bandeja em cima da mesa.
- E a sobremesa? -perguntou e me direcionou um olhar inocente.
- Pannacotta, por favor. -respondeu Louis de imediato.
- Quatro? -perguntou o rapaz, me olhando inquisitivamente, neguei com a cabeça.
- Três, vou querer um capuccino, capriche no chantilly, por favor. -pedi sorridente e ele assentiu, anotando.
- Capuccino, okay, prepararei eu mesmo, senhorita -falou e piscou para mim, sorri agradecida.
- Obrigada.
O rapaz retirou a bandeja e saiu, nos deixando à sós novamente, Harry e Lerie me olharam ao mesmo tempo, Lerie sorria alegremente, Harry estava de olhos arregalados.
- Ele estava flertando com você? -perguntou Harry, aborrecido.
- Não, ele só estava sendo gentil. -respondi, ainda sorridente.
- Sim, ele estava flertando com você. -insistiu Lerie.
Os próximos 10 minutos se basearam em convencer a Lerie e tranquilizar o Harry de que o lindo garçom não estava flertando comigo.
Mas tudo ficou mais evidente quando ele distribuiu as Pannacotta's e colocou minha xícara da capuccino em minha frente, tinha chantilly, como pedi, e no chantilly tinha um lindo coração desenhado, o olhei boquiaberta e ele sorriu angelicalmente, então se retirou ao pedir licença.
- Panaca. -bufou Harry.
- Awn, que gracinha. -murmurou Lerie, quase dando pulinhos de excitação.
- Um panaca romântico. -arriscou Louis.
- Para gente, eu achei lindo o desenho. -falei admirando minha xícara.
Fiquei com dó de beber o capuccino e desmanchar o lindo desenho, então peguei meu celular e tirei uma foto, o coração estava quase se desmanchando quando decidi beber, já estava morno.
Quando acabamos o garçom veio retirar a mesa, Harry pediu a conta, sua voz soou arrogante e muito grossa, o cutuquei para que ele amenizasse, mas o garçom não pareceu se importar, nem o Harry.
Esperamos a conta pacientemente, o clima estava tenso devido ao mau-humor repentino de Harry, então decidimos ficar quietos e esperar que ele se acalmasse.
Quando a conta finalmente chegou Louis e Harry nos proibiram de tocar nela, o jantar ficou por conta deles, Lerie achou justo, já que ela é feminista e acha que os homens devem pagar a conta, não concordo e nem discordo dela.
Nos levantamos para sair e Louis entregou a conta para o lindo garçom, ele permaneceu parado e desejou boa noite à medida que fomos passando por ele, fui a última e além do boa noite ele se inclinou para pedir meu número, me atrasei para acompanhar os outros, pois estava anotando em seu bloquinho o meu número.
Quando me encontrei com os outros na porta, Harry enlaçou minha cintura com o braço protetor e sua boca se distorceu em uma linha fina e rígida, ele não está feliz.
Ele segurou a porta para que eu passasse e seguimos para o carro, onde Lerie e Louis já estavam.
Durante o caminho até o local da luta eu tive que escutar um grande sermão de não dar ideia para estranhos, Harry ficou realmente bravo, mas Lerie estava dando pulinhos de felicidade e me dizendo o quanto estava feliz por eu ter dado meu número para ele por conta própria, segundo ela "Nós Estamos Progredindo".
Depois de 20 minutos de muita discussão e sermão nós finalmente estacionamos, saí do carro rapidamente, estava me sentindo sufocada, Harry me seguiu e voltou a repetir tudo de novo, dei um tapa em seu braço.
- Chega Harry, não estrague a noite, tá bom? Chega. -gritei irritada.
- De-desculpa. -falou intimidado.
- Só para de me dar sermão, eu já entendi. -retruquei mais calma.
- Tudo bem, desculpa. -falou me abraçando, aceitei seu abraço.
Louis e Lerie foram na frente, a rua estava deserta e escura, somente Louis sabe o local da luta, então temos que segui-lo.
Andamos por uns 5 minutos, Louis se abaixou ao lado de um prédio e abriu uma janela que dava para o porão do prédio, ele sorriu e se sentou na beirada, colocando as pernas para dentro e pulando em seguida, reprimi um grito de susto e logo Lerie fez o mesmo que ele.
- Vocês estão loucos? Não vou pular ai. -falei olhando lá para dentro, estava tudo preto, não dava para ver nada...
Hey gierls, como estão?
Eu ainda estou vibrando pela goleada que o Brasil deu no Camarões, aqueles cavalos, brutos e idiotas u.u sauhsuahsuhasha
Bom, não tenho muito o que falar hoje, então, obrigada pelos comentários, eu adorei todos eles. Becca, perdão, mas sou lerda, não entendi seu comentário kkk
Comentem pra mim, divas, eu amo vocês <3
Lerie enrugou a testa novamente e me obrigou a digitar outra vez, só que mais educadamente.
"Jornalismo."
"Qual você faz?"
"Faço Literatura, me passa seu número?"
Lerie gritou excitada e se levantou para pular na cama, felicíssima com o rumo da conversa, mas me mantive quieta e indiferente, ela bufou e se sentou ao meu lado novamente.
- Dê seu número pra ele, agora -ordenou, parece mais minha mãe.
- Não vou dar meu número pra ele -falei petulante, ela balançou a cabeça negativamente e retirou o note do meu colo.
- Então eu dou. -falou simplesmente.
Tentei pular em cima dela para pegar meu notebook de volta, mas ela passou as pernas por cima das minhas e se sentou na minha barriga, imobilizando meus braços, ela é ótima em imobilização, se eu tivesse 3 irmãos mais velhos eu também seria ótima, mas só tenho dois e os dois me mimam demais.
Por fim ela digitou rapidamente meu número, não demorou nem cinco minutos e meu celular estava vibrando, anunciando um sms, peguei-o antes que ela e abri o sms de um número desconhecido.
"Olá =). xxZayn."
Sorri e balancei a cabeça em descrença, isso não é possível, Lerie é uma louca.
Dei um tapa na cabeça dela, que reclamou exageradamente, e respondi o sms dele.
"Oi ^-^. Xx Kat"
Larguei o celular em cima do meu travesseiro e deitei minha cabeça nas pernas cruzadas de Lerie, ela apoiou o notebook na minha barriga e se curvou para continuar mexendo nele.
Depois de um tempo ela bufou e fez uma careta engraçada, evitei rir, pois ela não parecia estar brincando, levantei minha cabeça e vi uma foto de Louis com uma das líderes de torcida.
- Isso foi antes de você? -perguntei calmamente.
- Sim, mas isso ainda me irrita profundamente. -respondeu abalada.
Deslizei meu dedo e tirei a foto, ele está com ela agora e parece gostar dela, então não tem porque ela ficar se torturando.
Ela sorriu agradecida e voltou a mexer pelo seu facebook, buscando algo interessante, meu celular vibrou novamente e eu o alcancei, outro sms de Zayn.
"Te vejo na luta?"
"Eu vou estar por lá."
Lerie riu desdenhosa, ela não gosta de eu estar sendo tão seca com Zayn, ela gosta muito da ideia de namorarmos amigos, Zayn seria uma boa escolha pra mim, mas ela não escolhe meus namorados, então ela não tem do que reclamar.
- Harry vai estar na sua cola. -lembrou ela.
- Eu sei disso, nunca amei tanto o Harry em toda a minha vida -falei sarcástica, mas sincera, Lerie balançou a cabeça, indignada.
- Eu queria que você desse uma chance a ele -falou docemente.
- Nem vem, Lerie. -respondi amargamente- A última pessoa com quem eu ficaria é...
- O Liam, não diga que é o Zayn porque isso é mentira. -interrompeu ela.
- Não vou dar uma chance a ele e ponto. -finalizei esse assunto chato e ele assentiu decepcionada.
Me levantei e fui procurar algo para vestir, Harry e Louis chegarão daqui a pouco e ainda não estou pronta, já Lerie está super linda, pra variar, ela fica bem em qualquer coisa.
Peguei minhas roupas, uma toalha e uma sacolinha com shampoo, condicionador e sabonete, segui para o banheiro no fim do corredor com Lerie nos meus calcanhares, trazendo o notebook consigo.
Voltamos pro quarto meia hora depois, terminei de me maquiar e arrumei o cabelo, Lerie me encarou pelo o espelho e enfim deixou o seu sorriso brilhante aparecer, enfim pronta.
- Está incrível, não só Harry e Zayn, mas todos vão babar.
- Para com isso, não quero que ninguém babe e não estou me arrumando para o Harry ou para o Zayn, estou me arrumando porque quero sair e ter uma noite legal com meus amigos, vou passar dois meses sem vê-los -esclareci e ela sorriu docemente.
- Tudo bem, retiro o que eu disse, não quero estragar seu humor.
Nos sentamos novamente na cama e cinco minutos depois ouvimos batidas na porta, caminhei até a mesma e girei a maçaneta devagar, Louis e Harry estavam se cutucando, um implicando com o outro, quando me viram pararam e sorriram inocentemente.
Harry entrou e pegou minha mão.
- Uau, você está incrível, Kat -falou enquanto me fazia girar.
- Obrigada -agradeci sentindo meu rosto corar.
- Fica mais linda ainda quando cora -falou tocando meu queixo.
Desviei delicadamente de seu toque e olhei para Louis e Lerie, que já estavam se agarrando no canto do quarto, pigarreei e os dois sorriram.
Pegamos o elevador até o primeiro andar, o carro de Louis estava estacionado bem em frente ao Halley Hall, Louis destravou as portas e Harry abriu a porta para me deixar entrar, agradeci e me acomodei no banco traseiro, logo ele estava ao meu lado.
Durante os 10 minutos que ficamos dentro do carro, Harry tentou me persuadir a comer sushi com ele, mas eu odeio sushi, então ele não conseguiu me convencer. Enquanto brigávamos no banco de trás, Louis e Lerie estavam discutindo sobre que música estava tocando, até que foi divertido colocar na cabeça do Harry que sushi tem gosto de água oxigenada.
- Para, Kat, você já tomou água oxigenada? -perguntou indignado, balancei a cabeça negativamente- Então você não tem como dizer se tem ou não gosto de água oxigenada.
- Quieto Harry, eu só não gosto de sushi, da última vez que comi vomitei todo o banheiro do restaurante, não me faça comer isso de novo -avisei em tom de alerta, ele riu.
- O banheiro inteiro? -perguntei ainda rindo histericamente.
- O gerente ficou com tanto nojo que me ajudou a sujar mais ainda o banheiro.
- Arrr... que nojo -falou com cara de nojo, mas continuou rindo.
Ficamos em silêncio até Louis terminar de estacionar, então saímos do carro e entramos no restaurante Italiano chamado Reck From, é um ótimo lugar, não é sofisticado demais, mas também não é bagunça.
Encontramos uma mesa vaga, a minha mesa preferida, pois tem vista para a rua e podemos ver quem está passado através da enorme vidraça decorativa.
Harry se sentou de frente para mim e Lerie ao meu lado, Louis foi o último a se acomodar ao lado de Harry, pegamos os cardápios, mas eu já tinha algo em mente, amo restaurantes italianos e amo a comida italiana.
Tivemos 10 minutos até um garçom jovem e bonito nos cumprimentar e puxar o bloquinho para anotar nossos pedidos, Lerie me cutucou e fui obrigada a lhe oferecer meu melhor sorriso, mas estava queimando de vergonha por dentro, acho que Lerie tem mais medo de que eu fique sozinha do que eu mesma.
-Já decidiram? -perguntou ele, gentilmente.
- Sim, o meu pedido vai ser Filé à Parmegiana acompanhado de batatas fritas, e uma taça de vinho seco, pode ser o que você tiver ai. -eu disse e ele assentiu sorridente e anotou.
- Para mim e minha adorável namorada será Macarrão Bolonhesa e duas taças de vinho seco também -falou Louis, sorridente.
- Sim senhor. -respondeu o garçom, anotando novamente- e o senhor? -perguntou a Harry.
- Vou querer Espaguete à Carbonara, por favor, e a taça de vinho também -respondeu, ainda olhando o cardápio- só isso mesmo, obrigado.
O rapaz terminou de anotar tudo e pediu licença, me lançou um olhar e um sorriso galanteador antes de se afastar da mesa e sumir de vista, senti meu rosto corar lentamente.
Tentei prestar atenção na conversa dos três, tivemos uns 15 minutos até o garçom aparecer, trazendo nossos pedidos.
Nos divertimos enquanto degustávamos a deliciosa comida italiana, o vinho estava perfeito, bem gelado e saboroso.
Pedimos mais uma rodada de vinho quando o rapaz veio retirar nossos pratos.
Não demorou para que ele colocasse as quatro taças de vinho em nossa frente e pegou o bloquinho novamente, deixando a bandeja em cima da mesa.
- E a sobremesa? -perguntou e me direcionou um olhar inocente.
- Pannacotta, por favor. -respondeu Louis de imediato.
- Quatro? -perguntou o rapaz, me olhando inquisitivamente, neguei com a cabeça.
- Três, vou querer um capuccino, capriche no chantilly, por favor. -pedi sorridente e ele assentiu, anotando.
- Capuccino, okay, prepararei eu mesmo, senhorita -falou e piscou para mim, sorri agradecida.
- Obrigada.
O rapaz retirou a bandeja e saiu, nos deixando à sós novamente, Harry e Lerie me olharam ao mesmo tempo, Lerie sorria alegremente, Harry estava de olhos arregalados.
- Ele estava flertando com você? -perguntou Harry, aborrecido.
- Não, ele só estava sendo gentil. -respondi, ainda sorridente.
- Sim, ele estava flertando com você. -insistiu Lerie.
Os próximos 10 minutos se basearam em convencer a Lerie e tranquilizar o Harry de que o lindo garçom não estava flertando comigo.
Mas tudo ficou mais evidente quando ele distribuiu as Pannacotta's e colocou minha xícara da capuccino em minha frente, tinha chantilly, como pedi, e no chantilly tinha um lindo coração desenhado, o olhei boquiaberta e ele sorriu angelicalmente, então se retirou ao pedir licença.
- Panaca. -bufou Harry.
- Awn, que gracinha. -murmurou Lerie, quase dando pulinhos de excitação.
- Um panaca romântico. -arriscou Louis.
- Para gente, eu achei lindo o desenho. -falei admirando minha xícara.
Fiquei com dó de beber o capuccino e desmanchar o lindo desenho, então peguei meu celular e tirei uma foto, o coração estava quase se desmanchando quando decidi beber, já estava morno.
Quando acabamos o garçom veio retirar a mesa, Harry pediu a conta, sua voz soou arrogante e muito grossa, o cutuquei para que ele amenizasse, mas o garçom não pareceu se importar, nem o Harry.
Esperamos a conta pacientemente, o clima estava tenso devido ao mau-humor repentino de Harry, então decidimos ficar quietos e esperar que ele se acalmasse.
Quando a conta finalmente chegou Louis e Harry nos proibiram de tocar nela, o jantar ficou por conta deles, Lerie achou justo, já que ela é feminista e acha que os homens devem pagar a conta, não concordo e nem discordo dela.
Nos levantamos para sair e Louis entregou a conta para o lindo garçom, ele permaneceu parado e desejou boa noite à medida que fomos passando por ele, fui a última e além do boa noite ele se inclinou para pedir meu número, me atrasei para acompanhar os outros, pois estava anotando em seu bloquinho o meu número.
Quando me encontrei com os outros na porta, Harry enlaçou minha cintura com o braço protetor e sua boca se distorceu em uma linha fina e rígida, ele não está feliz.
Ele segurou a porta para que eu passasse e seguimos para o carro, onde Lerie e Louis já estavam.
Durante o caminho até o local da luta eu tive que escutar um grande sermão de não dar ideia para estranhos, Harry ficou realmente bravo, mas Lerie estava dando pulinhos de felicidade e me dizendo o quanto estava feliz por eu ter dado meu número para ele por conta própria, segundo ela "Nós Estamos Progredindo".
Depois de 20 minutos de muita discussão e sermão nós finalmente estacionamos, saí do carro rapidamente, estava me sentindo sufocada, Harry me seguiu e voltou a repetir tudo de novo, dei um tapa em seu braço.
- Chega Harry, não estrague a noite, tá bom? Chega. -gritei irritada.
- De-desculpa. -falou intimidado.
- Só para de me dar sermão, eu já entendi. -retruquei mais calma.
- Tudo bem, desculpa. -falou me abraçando, aceitei seu abraço.
Louis e Lerie foram na frente, a rua estava deserta e escura, somente Louis sabe o local da luta, então temos que segui-lo.
Andamos por uns 5 minutos, Louis se abaixou ao lado de um prédio e abriu uma janela que dava para o porão do prédio, ele sorriu e se sentou na beirada, colocando as pernas para dentro e pulando em seguida, reprimi um grito de susto e logo Lerie fez o mesmo que ele.
- Vocês estão loucos? Não vou pular ai. -falei olhando lá para dentro, estava tudo preto, não dava para ver nada...
Hey gierls, como estão?
Eu ainda estou vibrando pela goleada que o Brasil deu no Camarões, aqueles cavalos, brutos e idiotas u.u sauhsuahsuhasha
Bom, não tenho muito o que falar hoje, então, obrigada pelos comentários, eu adorei todos eles. Becca, perdão, mas sou lerda, não entendi seu comentário kkk
Comentem pra mim, divas, eu amo vocês <3
Assinar:
Postagens
(Atom)
